O Prexige, fabricado pelo laboratório Novartis, provoca reações adversas como infarto e hepatite
A venda e a distribuição do antiinflamatório Prexige (lumiracoxibe) serão proibidos em todo o país: A decisão deve ser anunciada na próxima terça-feira pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), depois de uma reunião da diretoria colegiada da agência. Ontem, o medicamento fabricado pelo laboratório Novartis foi suspenso no Estado de São Paulo, por decisão do Centro de Vigilãncia Sanitária (CVS), e começará a ser recolhido das farmácias. A medida é válida por 90 dias.
As pessoas que estiverem usando o Prexige devem procurar seus médicos para efetuarem a troca do remédio.
O Prexige teve seu registro negado nos EUA, em setembro do ano passado, e já foi proibido em toda a União Européia, na Austrália, no Canadá, entre outros países, por conta dos seus graves efeitos adversos.
O remédio é o segundo mais vendido no país na categoria dos sem esteróides e faz parte do grupo coxibe – mesmo princípio do medicamento Vioxx. proibido no mundo em 2004 em razão de riscos cardíacos.
Segundo o CVS, de 2005 a 2007 tinam recebidas 609 notificações de reações adversas previstas e não previstas na bula do medicamento, das quais 147 foram consideradas graves – entre elas, infarto, hepatite, hemorragias, pancreatite, insuficiência renal e choque anafilático.Os relatos se referem a todo o pais.
Na Australia, foram registrados 8 casos de hepatite; duas pessoas morreram. No Brasil, onde o faturamento com o medicamento é de RS 90 milhões por ano, não há relatos de mortes.
Remédio suspenso
Anvisa deve proibir a venda do Prexige no pais na próxima terça-feira
Efeitos adversos graves.
Infarto, arritmia, hepatite, hemorragias, pancreatite, edema de glote, insuficiência renal, broncoespasmos e choque anafilático.
Usos mais comuns :
Tratamento da osteoartrite e artrite reumatóide, dor aguda, cólica menstrual.