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Estrela visível a olho nu tem planeta na zona habitável

Todas as estrelas têm planetas

Aquela que parece ser a vizinha mais parecida com o Sol, a estrela Tau Ceti, não apenas possui pelo menos cinco planetas, como possui um na zona habitável.

Recentemente astrônomos encontraram os exoplanetas mais próximos de nós. Mas aquela estrela, a HD 40307 é menor e mais fria do que o Sol.

Tau Ceti está a apenas 12 anos-luz da Terra e é totalmente visível a olho nu, e é "a cara do Sol" – ambas as estrelas têm a mesma classificação espectral.

Uma equipe internacional de astrônomos identificou os cinco exoplanetas ao redor de Tau Ceti, com massas variando de duas a seis vezes a massa da Terra.

Um deles está na zona habitável, a região da órbita da estrela onde há possibilidade da existência de água em estado líquido.

O planeta tem uma massa cinco vezes maior do que a da Terra.

"Esta descoberta está de acordo com a visão de que virtualmente todas as estrelas têm planetas, e que nossa galáxia deve ter muitos planetas do tamanho da Terra potencialmente habitáveis," disse Steve Vogt, da Universidade da Califórnia.

Atmosferas dos exoplanetas

Foram necessárias mais de 6.000 observações, com três instrumentos diferentes e técnicas inovadoras, para descobrir os exoplanetas.

Na verdade, a pesquisa serviu para aprimorar uma técnica capaz de detectar sinais de planetas com metade da intensidade do que se acreditava possível até agora. A nova técnica deverá acelerar ainda mais a descoberta de planetas extrassolares.

"Nós criamos uma nova técnica de modelagem de dados adicionando sinais artificiais aos dados e testando a recuperação dos sinais com diversas técnicas," contou Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, primeiro autor da descoberta.

Isto permitiu filtrar melhor os ruídos, o que permite identificar planetas muito menores do que era possível até agora.

A estrela Tau Ceti está tão próxima de nós que poderá ser o laboratório ideal para o estudo das atmosferas dos exoplanetas.

 

Fonte : Inovação Tecnológica

Voyager descobre "rodovia magnética" na fronteira do Sistema Solar

Voyager descobre

Os cientistas acreditam que, tão logo cruze a "rodovia magnética", a Voyager 1 estará no espaço interestelar, já fora do Sistema Solar.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]

Rodovia magnética

A sonda espacial Voyager 1 está prestes a se tornar o primeiro objeto construído pelo homem a navegar pelo espaço interestelar.

O problema é que os astrônomos não sabem exatamente quando isso irá acontecer porque a região é totalmente inexplorada – é a própria Voyager que está traçando o primeiro mapa dos confins do Sistema Solar.

Agora, por exemplo, ela acaba de descobrir algo totalmente desconhecido: uma "rodovia magnética".

Trata-se de uma conexão entre as linhas do campo magnético do Sol e as linhas do campo magnético interestelar.

Essa conexão guia as partículas de baixa energia geradas em nossa heliosfera – a bolha de partículas carregadas que o Sol dispara em todas as direções – para fora do Sistema Solar.

E também permite que as partículas que veem do espaço interestelar entrem no Sistema Solar.

Os dados da Voyager mostram que o entrar e sair das partículas segue um curso bem ordenado que acompanha as linhas magnéticas – uma rodovia magnética.

Fronteira final

Esse tipo de interação entre os campos magnéticos locais e o magnetismo externo já foi observado em outras estrelas pelo Telescópio Espacial Hubble, o que faz os cientistas acreditarem que agora a Voyager está realmente próxima da "fronteira final".

"Nós acreditamos que esta seja a última perna da nossa jornada para o espaço interestelar. Nossas melhores previsões é que vamos atingi-lo em algum momento entre alguns meses até cerca de dois anos," disse Edward Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.

A Voyager 1 – e sua gêmea Voyager 2, que segue no sentido oposto – foram lançadas em 1977, quando ainda não existiam telefones celulares, nem internet, nem computadores pessoais – e, muito provavelmente, nem mesmo você.

Fonte : Inovação Tecnológica

Anãs marrons podem ter planetas rochosos

Anãs marrons podem ter planetas rochosos
Esta impressão artística mostra o disco de gás e poeira cósmica em torno de uma anã marron, onde se acreditava não ser possível a formação de discos desse tipo, a primeira etapa para a formação de planetas.
[Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/M. Kornmesser]

Formação dos planetas rochosos

Astrônomos descobriram pela primeira vez que a região exterior de um disco de poeira em torno de uma anã marrom, contém grãos sólidos com tamanhos da ordem de milímetros, comparáveis aos encontrados em discos mais densos situados em torno de estrelas recém-nascidas.

Esta descoberta surpreendente desafia as teorias de formação dos planetas rochosos do tipo terrestre e sugere que os planetas rochosos podem ser ainda mais comuns no Universo do que se esperava, uma vez que as anãs marrons não entravam nos cálculos de probabilidade usados pelos astrônomos.

Acredita-se que os planetas rochosos formam-se a partir de colisões aleatórias e fusão do que são, inicialmente, partículas microscópicas situadas no disco de material em torno de uma estrela. Estes grãos minúsculos, conhecidos como poeira cósmica, são muito semelhantes a fuligem ou areia muito finas.

No entanto, nas regiões exteriores em torno de uma anã marrom – um objeto do tipo estelar, mas pequeno demais para brilhar como uma estrela – os astrônomos esperavam que os grãos de poeira não pudessem crescer, já que os discos são bastante esparsos e as partículas deslocar-se-iam muito depressa para se poderem fundir após uma colisão.

Igualmente, as teorias afirmam que quaisquer grãos que consigam se formar devem mover-se muito depressa na direção da anã marrom central, desaparecendo assim das regiões mais exteriores do disco, onde poderiam ser detectados.

Poeira e monóxido de carbono

Mas, na prática, o radiotelescópio ALMA revelou algo bem diferente.

“Ficamos muito surpresos ao encontrar grãos de poeira do tamanho do milímetro neste disco pequeno e fino,” disse Luca Ricci, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que liderou a equipe de astrônomos, dos Estados Unidos, Europa e Chile.

“Grãos sólidos deste tamanho não deveriam ser capazes de se formar nas regiões exteriores frias de um disco em torno de uma anã marrom, mas aparentemente é o que está acontecendo. Não podemos ter certeza que um planeta rochoso se forme neste local, ou até que já se tenha formado, mas estamos vendo os primeiros passos deste fenômeno, e por isso mesmo teremos que alterar as nossas suposições sobre as condições necessárias ao crescimento de sólidos,” disse ele.

A elevada resolução do ALMA, comparada com os telescópios anteriores, permitiu também à equipe localizar monóxido de carbono gasoso em torno da anã marrom – é a primeira vez que gás molecular frio é detectado em um disco desse tipo.

Esta descoberta, juntamente com a dos grãos milimétricos, sugere que o disco é muito mais parecido com os discos que se encontram em torno de estrelas jovens do que anteriormente se supunha.

Alma do céu

Os astrônomos apontaram o ALMA à jovem anã marrom ISO-Oph 102, também conhecida como Rho-Oph 102, situada na região de formação estelar Rho Ophiuchi, na constelação do Serpentário.

Com cerca de 60 vezes a massa de Júpiter mas apenas 0,06 a do Sol, a anã marrom não tem massa suficiente para iniciar as reações termonucleares que fazem brilhar as estrelas.

No entanto, emite calor liberado pela sua lenta contração gravitacional e brilha com uma cor avermelhada, embora seja muito menos brilhante que uma estrela.

Ricci e seus colegas fizeram esta descoberta com o auxílio do telescópio ALMA, que está apenas parcialmente completo, situado no deserto chileno a elevada altitude.

O ALMA é uma coleção, em crescimento, de antenas de alta precisão, em forma de prato, que trabalham em conjunto para observar o Universo com imenso detalhe e sensibilidade.

O ALMA “vê” o Universo na radiação milimétrica, invisível ao olho humano. Prevê-se que a construção do ALMA esteja terminada em 2013, mas os astrônomos já estão usando uma rede parcial de antenas ALMA desde 2011.

Quando completo, o telescópio ALMA será suficientemente poderoso para obter imagens detalhadas dos discos em torno da Rho-Oph 102 e outros objetos.

“Poderemos brevemente detectar, não apenas a presença de pequenas partículas nos discos, mas também mapear como é que elas se distribuem no disco circumstelar e como é que interagem com o gás que também detectamos no disco, o que nos ajudará a compreender melhor como é que os planetas se formam,” disse Ricci.

Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar

Galáxia-buraco negro

Galáxias possuem buracos negros em seus centros que até agora se acreditava terem dimensões proporcionais ao tamanho da galáxia.

As medições indicam que os buracos negros centrais têm em média 0,1% da massa de sua galáxia.

Mas nada menos do que 14% de toda a massa da galáxia NGC 1277 está em seu buraco negro – ele é 140 vezes maior do que o esperado.

Isso torna este o maior buraco negro já observado até agora, e torna a NGC 1277 a mais estranha galáxia já vista, quase uma "galáxia buraco negro".

Buracos negros supermassivos só haviam sido observados em galáxias muito grandes, do tipo elípticas. Mas a NGC 1277 é lenticular e bastante pequena. De onde veio tanta massa para formar esse super devorador de matéria é uma incógnita.

Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar

Esta fotografia da NGC 1277 foi tirada pelo Telescópio Espacial Hubble. Seu buraco negro concentra 14% de sua massa total e 59% da massa de seu bojo central. [Imagem: NASA/ESA/Andrew C. Fabian]

Universo maior que as teorias

Como esperado, a descoberta deverá mudar as teorias sobre a formação e a evolução tanto das galáxias quanto dos buracos negros.

"No momento existem três mecanismos completamente diferentes que tentam explicar a conexão entre a massa do buraco negro e as propriedades das galáxias. Nós não entendemos ainda o suficiente para saber qual dessas teorias é a melhor," disse Remco Van den Bosch, do Instituto Max Planck, na Alemanha.

As teorias indicam que os buracos negros supermaciços desenvolvem-se no centro das galáxias gigantes engolindo massa do bojo, a parte central da galáxia. Mas a NGC 1277 não tem massa suficiente para sustentar esse mecanismo.

Bosch e seus colegas fizeram o estudo usando o Telescópio Hobby-Eberly, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

Com base no seu movimento, os astrônomos calculam que o buraco negro gigante possui uma massa 17 bilhões de vezes a massa do Sol, com uma margem de erro de 3 bilhões para mais ou para menos.

Ele é tão grande que, se fosse posto na posição do Sol, ocuparia quase todo o Sistema Solar. Seu horizonte de eventos seria 11 vezes maior do que a órbita de Netuno.

Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar

O horizonte de eventos do super buraco negro, mostrado nesta ilustração, teria um diâmetro 11 vezes maior do que a órbita de Netuno.[Imagem: D. Benningfield/K. Gebhardt/StarDate]

Bibliografia:
An over-massive black hole in the compact lenticular galaxy NGC 1277
Remco C. E. van den Bosch, Karl Gebhardt, Kayhan Gültekin, Glenn van de Ven, Arjen van der Wel, Jonelle L. Walsh
Nature
Vol.: 491, 729-731
DOI: 10.1038/nature11592

Fonte Inovação Tecnológica

Velocidade de dobra é mais factível do que se imaginava

Viagens interestelares

Um evento chamado "Espaçonave Interestelar em 100 Anos" parece ser o lugar ideal para quem quer discutir ideias mirabolantes para o futuro da exploração espacial.

Mas não exatamente o lugar onde procurar ideias para colocar em prática a curto prazo.

É por isso que está causando furor uma apresentação feita pelo cientista Harold White, do Centro Espacial Johnson, da NASA, durante o evento.

White propôs nada menos do que um experimento de laboratório, a ser realizado nos próximos meses, para demonstrar que as viagens espaciais acima da velocidade da luz são possibilidades com um nível de "concretude" muito além do imaginado até agora – ou, também se poderia dizer, são "menos impossíveis" do que se supunha.

As viagens espaciais interestelares não podem ser realizadas com as tecnologias conhecidas hoje porque as naves são lentas demais.

A Voyager 1, por exemplo, que é o artefato construído pelo homem a atingir a maior distância da Terra, está a 17 horas-luz de distância, mesmo viajando continuamente desde 1977.

Isso porque ela viaja a 0,006% da velocidade da luz. A Voyager levará 17.000 anos para percorrer 1 ano-luz – e a estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, está a 4,3 anos-luz.

Velocidade de dobra

As viagens em velocidade superluminal – acima da velocidade da luz – são comuns na ficção científica, onde são conhecidas como viagens em velocidade de dobra – ou warp – uma referência a dobras no tecido do espaço-tempo.

A Teoria da Relatividade estabelece que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Mas ela não impõe nenhum limite para a velocidade com que o tecido do espaço-tempo pode se contrair ou expandir.

É fácil entender essa "brecha na lei": imagine duas lâmpadas, uma ao lado da outra, piscando alternadamente. A velocidade máxima com que a luz de cada uma delas chegará aos seus olhos será sempre a velocidade da luz. Mas a velocidade com que elas alternam as piscadas não tem nenhum limite.

No caso da viagem em velocidade de dobra, o truque é colocar a espaçonave dentro de uma "bolha" e fazer com que o espaço-tempo à frente da bolha se contraia, expandindo-se logo atrás da bolha. A espaçonave vai literalmente surfar pelo espaço-tempo, sem nenhuma aceleração.

Na verdade, em termos da velocidade da luz, a espaçonave estará totalmente parada em relação ao seu referencial, que é o seu "tapete mágico" de tecido espaçotemporal.

Viagem espacial acima da velocidade da luz pode ser possível

O conceito inicial da viagem de dobra que está sendo explorado foi proposto pelo físico mexicano Miguel Alcubierre. [Imagem: Harold White]

Energia negativa

Em 1994, o físico mexicano Miguel Alcubierre propôs um esquema para fazer isso, envolvendo um tipo de "matéria exótica", com energia negativa, que ninguém sabe se existe.

Além disso, para dar a partida na bolha de dobra, a proposta de Alcubierre exigiria energia negativa equivalente à massa do Universo.

O esquema foi aprimorado por outros cientistas, que chegaram a uma quantidade de energia negativa equivalente à massa de Júpiter.

O que o Dr. Harold White fez agora foi redesenhar o projeto inicial de Alcubierre, que previa uma nave espacial em formato de charuto circundada por um anel feito da matéria exótica e desconhecida, que seria o responsável por contrair o espaço à frente e expandi-lo atrás da nave.

Ao usar um anel de material arredondado – imagine um anel feito de um cano – White refez os cálculos e descobriu que será necessário usar apenas algumas centenas de quilogramas de energia negativa.

E, embora ninguém tenha a menor ideia de em que situação essa energia negativa possa ser encontrada ou produzida, White afirma que a ideia pode ser demonstrada em laboratório, em microescala.

Dobras espaçotemporais

É o que White pretende fazer em um novo laboratório que está sendo criado pela NASA, por enquanto conhecido informalmente como Eagleworks.

Ele está usando um tipo especial de interferômetro a laser, chamado Interferômetro de Campo de Dobra White-Juday, para criar versões microscópicas das dobras espaçotemporais.

O equipamento tem precisão suficiente para fazer o espaço-tempo se contrair e expandir apenas uma parte em 10 milhões, mas será o suficiente para demonstrar a viabilidade do conceito.

Se o experimento der certo, outros cientistas poderão se sentir encorajados a encarar os muitos problemas que ainda restarão para tornar realidade as viagens interestelares.

Entre esses problemas estão o fato de que as teorias ainda não sabem como ordenar ao mecanismo de dobra espacial para onde ele deve ir – se para frente ou para trás, por exemplo – e, para onde quer que ele vá, como é que se faz para pará-lo.

Fonte : Site Inovação Tecnológica

Energia escura é real, dizem astrônomos

Realidade desconhecida

Energia escura, a misteriosa força teorizada para explicar a aceleração da expansão do Universo, "está realmente lá".

É o que garante uma equipe de astrônomos das universidades de Portsmouth e Munique.

Ao término de um estudo que durou dois anos, os astrônomos concluíram que a probabilidade da existência real da energia escura é de 99,996%.

"A energia escura é um dos maiores mistérios científicos do nosso tempo, por isso não surpreende que muitos pesquisadores questionem sua existência," comentou Bob Nichol, membro da equipe.

"Mas, com nosso trabalho, estamos mais confiantes do que nunca que esse exótico componente do Universo é real – ainda que nós continuemos sem saber do que ela é feita," acrescentou.

A hipótese da energia escura foi levantada em 1998, tendo sido premiada com o Prêmio Nobel de Física de 2011.

Conchas de Universo

Os dados analisados pela equipe assumiram a forma de uma série de conchas sobrepostas.

Os mapas extragalácticos selecionados pelos pesquisadores como relevantes são mostrados como conchas, representando uma distância crescente da Terra, da esquerda para a direita.

O objeto mais próximo visto nos mapas é a nossa galáxia, a Via Láctea, que é uma potencial fonte de ruído para a análise dos objetos mais distantes.

A seguir estão seis conchas contendo mapas de milhões de galáxias distantes utilizadas no estudo.

Estes mapas foram produzidos com diferentes telescópios, em comprimentos de onda diferentes, e foram codificados por cores para mostrar aglomerados de galáxias mais densos em vermelho e menos densos em azul – existem furos nos mapas, devido a cortes efetuados por diferenças de qualidade dos dados.

A última e maior concha mostra a temperatura da radiação cósmica de fundo detectada pela sonda espacial WMAP (vermelho é quente, azul é frio), que é a imagem mais distante do Universo já vista, alcançando cerca de 46 bilhões de anos-luz de distância.

A equipe afirma ter detectado, com 99,996% de significância, correlações muito pequenas entre os mapas de primeiro plano (à esquerda) e a radiação cósmica de fundo (à direita).

Efeito Integrado Sachs Wolfe

Na falta da energia escura, ou de uma grande curvatura no Universo, não deveria haver correspondência entre os mapas da distante radiação cósmica de fundo e das galáxias mais próximas, do chamado Universo Local.

A existência da energia escura, por outro lado, produz um efeito estranho e contraintuitivo, pelo qual os fótons da radiação cósmica de fundo ganham energia conforme viajam através de grandes aglomerados de matéria.

Conhecido como Efeito Integrado Sachs Wolfe – em referência a Rainer Sachs e Arthur Wolfe – o fenômeno foi detectado pela primeira vez em 2003, mas era tão pequeno que os resultados foram questionados e atribuídos à poeira presente na nossa galáxia.

Agora, os cientistas alegam ter re-examinado todos os argumentos contra aquela detecção, assim como melhorado os mapas.

E chegaram ao índice de precisão alegado – de 99,996% – que é similar ao atribuído ao Bóson de Higgs detectado recentemente pelo LHC.

Sempre Einstein

"Este trabalho nos fala a respeito de possíveis modificações à Teoria da Relatividade Geral de Einstein," afirmou Tommaso Giannantonio, que coordenou os estudos.

"A próxima geração de rastreios de galáxias e da radiação cósmica de fundo deverá fornecer uma medição definitiva, ou confirmando a relatividade geral, incluindo a energia escura, ou, de forma ainda mais intrigante, exigindo um entendimento completamente novo de como a gravidade funciona," concluiu.

Energia escura é real, dizem astrônomos

Os mapas extragalácticos selecionados pelos pesquisadores como relevantes são mostrados como conchas, representando uma distância crescente da Terra, da esquerda para a direita. [Imagem: Terra: NASA/BlueEarth; Via Láctea: ESO/S.Brunier;CMB:NASA/WMAP]

Fonte : Inovação Tecnológica

Cientista diz que viagem em dobra não é impossível

Explorar mundos distantes não é uma visão impossível para os escritores de ficção científica, que sempre levaram a imaginação através dos confins do universo em fabulosas naves espaciais. Agora um cientista da NASA parece querer transformar uma ficção de Jornada em fato científico, a velocidade de dobra.

A NASA implementou em 2011 um avançado laboratório de física de propulsão, informalmente conhecido como “Eagleworks“, para prosseguir na pesquisa de tecnologias de propulsão necessárias para permitir a exploração humana do sistema solar ao longo dos próximos 50 anos, e permitindo o voo espacial interestelar até o final do século. Este trabalho apóia diretamente os objetivos do ”Breakthrough Propulsion” da agência.

O Dr. Harold “Sonny” White, atualmente, atua como Líder do Advanced Propulsion Theme Lead e é o representante do Johnson Space Center para os Grupos de Trabalho de sistemas nucleares. O trabalho que está sendo perseguido por este laboratório é aplicado na investigação científica nas áreas do vácuo quântico, gravidade, natureza do espaço-tempo, e outros fenômenos fundamentais da física.

Numa tentativa de encontrar alternativas que nos permitam viajar extremamente rápido, sem quebrar as leis da física, Dr. White e outros físicos descobriram brechas em algumas equações matemáticas, brechas essas que indicam que a dobra do espaço-tempo é realmente possível, “Talvez uma experiência de Jornada em nossa existência não seja uma possibilidade remota”, disse o cientista num artigo seu publicado no Icarus Interestellar, um grupo sem fins lucrativos de cientistas e engenheiros dedicados a perseguir vôo espacial interestelar.

Um trabalho teórico recente publicado por White sugere que é possível projetar o espaço-tempo, criando condições semelhantes ao que impulsiona a expansão do cosmos. ”A forma canônica da métrica de Alcubierre nos fornece uma nova visão sobre como um dispositivo de teste poderia ser construído para gerar uma região esférica de perturbação de 1 cm de diâmetro”, disse White em sua dissertação.

Essas equações estão sendo testadas agora usando um instrumento chamado White-Juday Warp Field Interferometer (Interferômetro de Campo de Dobra White-Juday). Este interferômetro a laser vai tentar gerar e detectar um exemplo microscópico de uma pequena bolha de dobra.

Através de um Q-Thrister, propulsor de plasma quântico de vácuo, usando os mesmos princípios por trás dos propulsores magnetohidrodinâmicos (MHD), o plasma virtual é exposto a campos cruzados que forçam o plasma numa direção a alta velocidade. Q-Propulsores diferentes usando as flutuações do vácuo quântico como a fonte de combustível, podem eliminar a necessidade de transportar o propulsor.

O Dr. White diz que, se tudo for confirmado nos experimentos práticos, “seremos capazes de criar um motor que vai nos levar a Alpha Centauri em duas semanas, medida pelos relógios aqui na Terra ou visitar Gliese 581g, um planeta parecido com a Terra, 20 anos-luz de distância, em dois anos”. O tempo será o mesmo na nave e na Terra, afirma o cientista, e não haverá aquela “maré de forças fisicas dentro da bolha, sem problemas indevidos, e a aceleração adequada lá dentro será zero. Ao ligar o campo, ninguém será esmagado contra a parede pela aceleração, o que tornaria essa viagem muito curta e triste”.

Outro problema seria as necessidades energéticas colossais para dobrar o espaço em volta da uma nave. No entanto, a análise teórica de White demonstrou que as necessidades de energia podem ser reduzidas primeiro para optimizar a espessura da bolha de dobra, e ainda pela oscilação da intensidade da bolha para reduzir a rigidez do tempo-espaço. Essa redução seria equivalente a passar de uma massa exótica de energia escura do tamanho de Júpiter para uma quantidade menor do que a sonda Voyager 1 (500 kg) criando uma bolha de 10 metros com uma velocidade efetiva de 10 vezes a velocidade da luz, o que já seria uma melhoria e tanto, né?

White, que chamou o projeto de uma “experiência humilde”, acredita que muito ainda tem de ser feito para que seja comprovada uma real velocidade de dobra, mas disse que representa um primeiro passo promissor, “Embora este seja apenas um exemplo pequeno dos fenômenos, vai ser a prova de existência para a idéia de perturbar o espaço-tempo como uma “pilha de Chicago” foi naquele momento”, disse o entusiamado cientista. “Lembre-se que em dezembro de 1942 viu-se a primeira demonstração de uma reação nuclear controlada que gerou meio watt. Esta prova de existência foi seguida pela ativação de um outro reator de quatro megawatts em novembro de 1943. A prova de existência para a aplicação prática de uma idéia científica pode ser um ponto de inflexão para o desenvolvimento da tecnologia”.

White prometeu que apresentaria algum resultado no 100 Year Starship Symposium em Houston, realizado neste último fim de semana, e que teve a participação dos atores Nichelle Nichols e LeVar Burton, do presidente Bill Clinton, entre outras celebridades, cientistas e astronautas.

Fonte: FFESP e GISMODO.

Descobertos dois planetas orbitando dois sóis

Descobertos dois planetas orbitando dois sóis

Os astrônomos estão interessados nas luas do exoplaneta 47b, que circunda suas duas estrelas dentro da zona habitável. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/T.Pyle]

Complexidade cósmica

Astrônomos encontraram um sistema multiplanetário circumbinário.

O primeiro planeta circumbinário – um planeta que orbita duas estrelas- foi descoberto há cerca de um ano.

Logo depois, novos estudos indicaram que planetas com dois sóis são comuns.

Isto deixou os teóricos estarrecidos, porque muitos achavam que o equilíbrio orbital seria complexo demais para se sustentar.

Mas o Universo parece dar conta de combinações muito mais complexas.

Há cerca de seis meses descobriu-se um planeta com três sóis, além do que, potencialmente habitável.

Agora, novamente usando o telescópio espacial Kepler, astrônomos descobriram um sistema composto de duas estrelas e de pelo menos dois planetas, no qual os dois planetas orbitam as duas estrelas.

É um sistema que bem se poderia chamar de "caótico", não fosse o fato de que ele está lá, bem estável, a menos de 5.000 anos-luz da Terra, na Constelação do Cisne.

Descobertos dois planetas orbitando dois sóis

Comparação entre o Sistema Solar e o sistema planetário Kepler-47, com suas duas estrelas e seus dois planetas já descobertos. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle]

Luas habitáveis

O par de estrelas gira uma em torno da outra a cada 7,5 dias. Uma das estrelas é parecida com o nosso Sol, enquanto a outra é bem menor, com um terço do tamanho e com um brilho 175 vezes menor do que sua companheira.

O planeta interno – chamado Kepler 47b – tem um diâmetro três vezes maior que o da Terra e gira em torno do par de estrelas a cada 49 dias.

O planeta mais externo – chamado Kepler 47c – é cerca de 4,5 vezes maior que a Terra (um pouco maior que Urano) e orbita as estrelas a cada 303 dias, o que o torna o exoplaneta mais afastado de sua estrela descoberto até agora.

Mais interessante ainda, esse planeta exterior orbita as estrelas dentro da faixa que os astrônomos convencionaram chamar de zona habitável – a região ao redor de uma estrela onde um planeta rochoso pode ter água líquida em sua superfície.

"Embora o planeta exterior seja provavelmente um gigante gasoso e, portanto, inadequado para a vida, luas grandes, se presentes, seriam mundos interessantes de se investigar, já que elas poderiam potencialmente abrigar a vida ", disse William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego, coautor do estudo.

Fonte : Inovação Tecnológica