Arquivo da categoria: Astronomia

K2-18b – Uma tentadora possibilidade de vida extraterrestre.

O Telescópio Espacial James Webb da NASA pode ter descoberto evidências provisórias de um sinal de vida em um planeta distante.

Pode ter detectado uma molécula chamada sulfeto de dimetila (DMS). Na Terra, pelo menos, isso só é produzido pela vida.

Os investigadores sublinham que a deteção no planeta a 120 anos-luz de distância “não é robusta” e são necessários mais dados para confirmar a sua presença.

Os pesquisadores também detectaram metano e CO2 na atmosfera do planeta.

A detecção destes gases pode significar que o planeta, denominado K2-18b, tem um oceano de água.

O professor Nikku Madhusudhan, da Universidade de Cambridge, que liderou a pesquisa e disse que toda a sua equipe ficou “chocada” quando viu os resultados.

Na Terra, o DMS é produzido apenas pela vida. A maior parte dele na atmosfera terrestre é emitido pelo fitoplâncton em ambientes marinhos”.

As próximas observações do Webb deverão ser capazes de confirmar se o DMS está realmente presente na atmosfera de K2-18 b em níveis significativos”, explicou Madhusudhan.

Resultados mais definitivos são esperados em cerca de um ano.

Links : 

  • Nasa – Webb Discovers Methane, Carbon Dioxide in Atmosphere of K2-18 b

 

Made in Russia – Luna-25 colide com a Lua

A primeira missão lunar da Rússia em 47 anos fracassou depois que sua sonda Luna-25 saiu do controle e se chocou contra a Lua.

A Roskosmos, a agência espacial estatal russa, disse que perdeu contato com a nave após a sonda ter sido colocada na órbita de pré-pouso no sábado (19).

A espaçonave deveria ser a primeira missão de pouso lunar da Rússia em 47 anos. O último módulo lunar, Luna 24, pousou na superfície da Lua em 18 de agosto de 1976.

A espaçonave Luna-25 foi lançada do Cosmódromo Vostochny no Oblast de Amur, na Rússia, em 10 de agosto. A trajetória da Luna 25 permitiu que ela superasse a sonda lunar Chandrayaan-3 da Índia, lançada em meados de julho, a caminho da superfície lunar.

Nesta semana, a sonda da Índia também tentará pousar sua sonda no satélite da Terra.

 

Magnetares – Novo tipo de estrela traz pistas sobre os misteriosos objetos cósmicos

Estrela misteriosa

As magnetares são os ímãs mais fortes do Universo. Essas estrelas mortas superdensas, com campos magnéticos extremamente fortes, podem ser encontradas em toda a parte na nossa galáxia, mas os astrônomos não sabem exatamente como é que esses objetos celestes se formam.

Agora, usando vários telescópios de todo o mundo, astrônomos documentaram uma estrela viva que provavelmente se transformará numa magnetar. Este resultado marca a descoberta de um novo tipo de objeto astronômico, batizado de estrela magnética massiva de hélio, e ajuda a investigar as origens das magnetares.

Apesar de já ter sido observada há mais de 100 anos, a natureza enigmática da estrela HD 45166 continua a não ser facilmente explicada pelos modelos convencionais, e pouco se sabe sobre esse objeto além do fato de ser rica em hélio e ser algumas vezes mais massiva que o nosso Sol.

Apesar de a HD 45166 ser um sistema binário, este estudo concentrou-se apenas na estrela rica em hélio e não em ambas as parceiras do binário. O sistema está localizado a cerca de 3.000 anos-luz de distância da Terra, na constelação do Unicórnio.

Proto-magnetar

O astrônomo Tomer Shenar, da Universidade de Amsterdã, nos Países Baixos, levantou a hipótese de que os campos magnéticos poderiam ajudar a explicar o comportamento dessa estrela tão peculiar. De fato, sabe-se que os campos magnéticos influenciam o comportamento das estrelas e, por isso, talvez pudessem explicar também por que é que os modelos tradicionais falham na descrição da HD45166.

A comprovação disso exigiu analisar a estrela com diferentes instrumentos de diversos observatórios, para colher todos os dados necessários.

E a conclusão foi clara: Os dados indicam que a estrela é decididamente magnética, com um campo magnético extremamente forte, de 43.000 gauss – é a estrela massiva mais magnética encontrada até hoje.

“Toda a superfície da estrela de hélio tem um campo magnético quase 100.000 mais forte que o da Terra,” destacou Pablo Marchant, da Universidade de Lovaina, na Bélgica.

O campo magnético de 43.000 gauss é o campo mais forte já detectado numa estrela que excede o limite de massa de Chandrasekhar, o qual corresponde ao limite crítico acima do qual as estrelas podem colapsar em estrelas de nêutrons – as magnetares são um tipo de estrelas de nêutrons.

Ímãs mais fortes do Universo

A descoberta desta primeira estrela magnética massiva de hélio dá pistas sobre a origem das magnetares, que são estrelas mortas compactas permeadas por campos magnéticos pelo menos um milhar de milhões de vezes mais fortes do que o da HD45166.

Os cálculos da equipe indicam que esta estrela irá terminar a sua vida como uma magnetar. À medida que for colapsando sob a sua própria gravidade, o seu campo magnético irá fortalecer-se e eventualmente a estrela transformar-se-á num núcleo muito compacto, com um campo magnético de cerca de 100 bilhões de gauss – o tipo de ímã mais poderoso do Universo.

Os dados também mostraram que a HD 45166 tem uma massa menor do que a registada anteriormente, cerca de duas vezes a massa do Sol, e que a sua companheira orbita a uma distância maior do que o que se supunha antes.

O astrônomo Alexandre Soares de Oliveira, da Universidade do Vale do Paraíba (SP), faz parte da equipe que descobriu este novo tipo de estrela.

 
A HD 45166 tem um campo magnético de 43.000 gauss, o campo magnético mais forte encontrado até hoje numa estrela massiva.
[Imagem: ESO/L. Calçada]

This artist impression shows HD 45166, a massive star recently discovered to have a powerful magnetic field of 43 000 gauss, the strongest magnetic field ever found in a massive star. Intense winds of particles blowing away from the star are trapped by this magnetic field, enshrouding the star in a gaseous shell as illustrated here. Astronomers believe that this star will end its life as a magnetar, a compact and highly magnetic stellar corpse. As HD 45166 collapses under its own gravity, its magnetic field will strengthen, and the star will eventually become a very compact core with a magnetic field of around 100 trillion gauss — the most powerful type of magnet in the Universe. HD 45166 is part of a binary system. In the background, we get a glimpse of HD 45166’s companion, a normal blue star that has been found to orbit at a far larger distance than previously reported.

 

James Webb – 2 novas estrelas do tipo Kaiju e implicações relacionadas a matéria escura.

JWST’s PEARLS: Mothra, a new kaiju star at z=2.091 extremely magnified by MACS0416, and implications for dark matter models

Artigo em PDF.

Foram descobertas duas novas estrelas do tipo “Kaiju”. A Godzilla e a Mothra, essas estrelas são caracterizadas por serem massivas e brilhantes.

Essas estrelas estão localizadas a uma distância impressionante da Via Láctea, com a luz delas levando aproximadamente mais de 15 bilhões de anos para nos alcançar. A visibilidade dessas estrelas como estrelas individuais a essas distâncias é possível graças aos poderosos efeitos de lente gravitacional, produzidos por um aglomerado galáctico conhecido como max0416.

A pesquisa revelou que essas estrelas são provavelmente parte de um sistema binário, com uma luminosidade de 50.000 e 125.000 sóis, respectivamente. Elas são muito diferentes do que esperávamos, sendo muito maiores do que qualquer supergigante na Via Láctea, mas não muito quentes.

Provavelmente Mothra é formada por duas estrelas supergigantes : 

  • Uma Vermelha – ~5000K e luminosidade de 50000 sóis
  • Uma Azul – ~14000K e luminosidade de 125000 sóis.

A parte interessante é a ampliação.

Os Clusters entre as estrelas e as observações (Hubble & JWST)  deveria  ser  um fator de 4000. Algo próximo as estrelas dando um aumento à ampliação, o time calculou que algo do tamanho de uma galáxia anã entre 10000 a 2.5 milhões a massa do sól, mas ambos observatórios puderam vê-los. 

Isso sugere que o objeto pode ser uma galáxia anã feita de máteria escura.

Mais no Youtube :  

 

 

 

NASA…. NASA…. Perda de contato com a Voyager 2 devido a comandos errôneos enviados a sonda.

JPL : 

“A series of planned commands sent to NASA’s Voyager 2 spacecraft on July 21 inadvertently caused the antenna to point 2 degrees away from Earth. As a result, Voyager 2 is currently unable to receive commands or transmit data back to Earth.”

Esperando pelo conserto automático em 15 de outubro.

Durante a transmissão de uma série de comandos planejados para a sonda espacial Voyager 2, alguma coisa saiu errado, causando um desalinhamento na antena da sonda apontando 2 graus para longe da Terra.

Como resultado, a Voyager 2 perdeu contato, e agora não consegue receber comandos ou transmitir dados de volta à Terra.

A Voyager 2 está programada para redefinir sua orientação várias vezes a cada ano para manter sua antena apontada para a Terra.

O próximo ajuste ocorrerá no próximo 15 de outubro , que deverá permitir a retomada da comunicação. A equipe da missão espera que a Voyager 2 permaneça em sua trajetória planejada durante o período de silêncio pois qualquer pequeno desvio pode impedir o realinhamento da antena.

LInks relacionados : 

Streaming ao vivo da NASA : Double Asteroid Redirection Test (DART)

Segunda : 18:30

 

DART é uma espaconave desenhada para efetuar um impacto em um asteróide e testar a tecnologia.

O Asteroid alvo atual NÃO é uma ameaça a Terra. O asteróide alvo somente foi escolhido para o teste.

Esse sistema anti-asteróide é um perfeito teste para ver se intencionalmente impactando uma nave em um asteróide é um meio efetivo para mudar sua trajetória caso um asteóide que seja perigoso a Terra seja descoberto no fututo.

TRAPPIST-1 e seus planetas. Branca (bronzada na verdade) de neve e seus sete anões ?

Sete terras

Astrônomos descobriram um sistema com sete planetas do tamanho da Terra a um pulinho daqui em termos astronômicos – apenas 40 anos-luz de distância.

Usando telescópios no espaço e no solo, os exoplanetas foram todos detectados pela técnica do trânsito planetário, quando passavam em frente da sua estrela progenitora, a estrela anã superfria chamada TRAPPIST-1 – o nome é uma referência ao telescópio usado para descobri-la, o Transiting Planets and Planetesimals Small Telescope.

Três dos planetas situam-se na zona habitável da estrela, com possibilidade de água líquida na superfície, aumentando a possibilidade deste sistema planetário conter vida – nunca tantos planetas promissores haviam sido identificados ao redor de uma única estrela. Os sete pequenos planetas, por enquanto, estão sendo chamados de TRAPPIST-1b, c, d, e, f, g, h – por ordem crescente de distância da estrela.

Os astrônomos utilizaram o telescópio TRAPPIST-Sul instalado no Observatório de La Silla do ESO, o VLT situado no Paranal e o Telescópio Espacial Spitzer da NASA, além de outros telescópios em todo o mundo para confirmar a existência dos sete planetas – não está descartada a possibilidade da existência de outros planetas no sistema.

“Trata-se de um sistema planetário extraordinário – não apenas por termos encontrado tantos planetas, mas porque todos eles são surpreendentemente parecidos com a Terra em termos de tamanho!” comemorou Michaël Gillon, da Universidade de Liège, na Bélgica.

Estrela TRAPPIST-1

Com apenas 8% da massa do Sol, a TRAPPIST-1 é muito pequena em termos estelares, apenas um pouco maior que o planeta Júpiter. Por isso, apesar de se encontrar próxima de nós, na constelação de Aquário, ela é muito fraca para ser vista a olho nu. Para os telescópios, por outro lado, isto é uma ótima notícia, já que eles não são tão ofuscados pelo brilho como ocorre na observação de estrelas mais brilhantes.

“A energia emitida por estrelas anãs como a TRAPPIST-1 é muito menor do que a liberada pelo nosso Sol e por isso os planetas têm que ocupar órbitas muito mais próximas da estrela do que as que observamos no Sistema Solar para poderem ter água na superfície. Felizmente, parece que este tipo de configuração compacta é exatamente o que observamos em torno de TRAPPIST-1!” disse Amaury Triaud, coautor da descoberta.

Desta forma, o sistema se parece muito mais com Júpiter e suas luas do que com o Sistema Solar inteiro. As órbitas dos planetas não são muito maiores que as apresentadas pelo sistema de satélites galileanos situado em torno de Júpiter, sendo muito menores que a órbita de Mercúrio no Sistema Solar.

A equipe determinou que todos os planetas no sistema são semelhantes à Terra e a Vênus em termos de tamanho, ou ligeiramente menores. As medições de densidade sugerem que pelo menos os seis planetas mais internos têm provavelmente uma composição rochosa.

Zona habitável

O pequeno tamanho da TRAPPIST-1, assim como a sua temperatura baixa, significam que a emissão de energia dirigida aos seus planetas é semelhante à recebida pelos planetas internos do nosso Sistema Solar; os planetas TRAPPIST-1c, d, f recebem quantidades de energia comparáveis às que os planetas Vênus, Terra e Marte, respectivamente, recebem do Sol.

Os sete planetas podem potencialmente conter água líquida em sua superfície, apesar de as distâncias orbitais tornarem alguns candidatos mais prováveis a esta condição do que outros. Os modelos climáticos sugerem que os planetas mais internos, TRAPPIST-1b, c, d, são provavelmente muito quentes para possuírem água líquida, exceto talvez numa pequena fração das suas superfícies. A distância orbital do planeta mais exterior do sistema, TRAPPIST-1h, ainda não foi confirmada, embora ele pareça encontrar-se muito afastado e frio para poder conter água líquida – assumindo que não ocorra nenhum processo de aquecimento alternativo.

Já os planetas TRAPPIST-1e, f, g representam o “santo graal” para os astrônomos que procuram planetas, uma vez que orbitam na zona habitável da estrela e poderão conter água em suas superfícies.

Fonte : Inovação Tecnológica