NASA começa teste com vela solar

Vela solar
Nesta segunda-feira, a NASA lançou pela primeira vez com sucesso um nanossatélite a partir de um microssatélite em órbita.

O nanossatélite é o NanoSail-D, que fará o primeiro teste de uma vela solar da agência espacial norte-americana, que tem estado rotineiramente atrás dos japoneses nos testes desta tecnologia inovadora.

As velas solares, que impulsionam as naves usando a força dos fótons que incidem sobre uma finíssima película de material reflexivo, são vistas como promissoras tanto para tirar satélites em desuso de órbita, evitando o acúmulo de lixo espacial, como para levar espaçonaves além do Sistema Solar, aproveitando unicamente a luz do Sol e das estrelas.

A abertura da vela solar está marcada para a madrugada desta quinta-feira, às 03h31 no horário de Brasília. Quatro mastros telescópicos serão estendidos automaticamente e, em seguida, a vela começará a se estender, até atingir uma área total de 30 metros quadrados.

A NASA tem estado insistentemente atrás da agência espacial japonesa nas pesquisas de velas solares. Os primeiros testes em laboratório com a vela solar da NASA foram feitos em 2004, e o NanoSail-D deveria ter sido lançado em 2008.

Já o veleiro solar Ikaros, da JAXA, está usando seus cristais líquidos para navegardeste Julho deste ano.

Lançamento de um satélite por outro

O lançamento de um nanossatélite a partir de um outro satélite já em órbita é uma alternativa muito interessante para a realização de vários experimentos científicos independentes a partir usando um único foguete.

Outra vantagem é que os nanossatélites, também conhecidos como CubeSats, são muito baratos, estando ao alcance de pesquisadores universitários e de empresas privadas.

Os nanossatélites são lançados a partir de uma estrutura maior, chamada Poli-PicoSatellite Orbital Deployer (P-POD) – lançador orbital de múltiplos picossatélites, em tradução livre.

O termo picossatélite mostra a intenção de lançar satélites ainda menores – enquanto o NanoSail-D, que fará o teste da vela solar, tem a dimensão aproximada de um pacote de pão de forma, os picossatélites são cubos com cerca de 10 centímetros de lado.

NASA começa teste com vela solar

Doug Huie, pesquisador da Universidade do Alabama, segura o NanoSail-D, que mede 10 cm de altura, por 10 cm de largura e 33 cm de comprimento, e pesa 4 quilogramas. [Imagem: NASA/MSFC/D. Higginbotham]

O satélite FASTSAT, lançado no último dia 19 de Novembro, da base de Kodiak, no Alasca, é um P-POD que levou seis nanossatélites para o espaço.

“A ejeção perfeita do NanoSail-D demonstra a capacidade operacional do FASTSAT como um meio independente e barato de colocação de CubeSats em órbita com segurança,” disse Mark Boudreaux, coordenador da missão. “Ao cumprir esta etapa, demonstramos que podemos lançar uma série de diferentes tipos de cargas usando este sistema baseado em um microssatélite autônomo.”

Lixeiro espacial

Após a ejeção, o NanoSail-D começou uma contagem regressiva de três dias. Ao chegar a zero, seus braços telescópicos se abrirão e a vela solar, que está dobrada em seu interior, se estenderá para começar a captar os fótons.

O objetivo da missão é fazer com que o empuxo gerado pela colisão dos fótons do Sol com a vela solar faça com que o NanoSail-D reentre na atmosfera mais cedo do que aconteceria normalmente.

Ou seja, quanto antes o nanossatélite cair na Terra, queimando-se inteiramente durante a reentrada, maior será o sucesso da vela espacial como um mecanismo de propulsão – os cientistas calculam que ele deverá permanecer em órbita entre 70 e 120 dias.

O uso de velas solares para trazer de volta satélites sem uso é mais barato e mais simples do que equipar essas naves com motores, propelentes e sistemas de controle para dirigir sua reentrada.

Fonte : Inovação Tecnológica

Uma bom conto para leitura é o Vento Solar de Arthur C. Clarke.

NASA começa teste com vela solar

A abertura da vela solar está marcada para a madrugada desta quinta-feira, às 03h31 no horário de Brasília. Nesta ilustração é possível ver o corpo do NanoSail-D no centro da vela.[Imagem: NASA]

xkcd : Arsenic-Based Life

Arsenic-Based Life


Aproveitando para complementar a matéria do descobrimento de formas de vida baseado em Arsênico.

Tradução livre :

1)

– Nossa descoberta de Vida com DNA baseado em Arsênico é legal, mas esses repórteres estão esperando vida em Titã ! Nossa Conferência de Imprensa  irá ser um fracasso.

2)

– Okay , Nós precisamos torná-la mais emocionante. Como iremos fazer o evento ser tornar interessante ?

– Não sei , sou péssimo em festas. Musica , talvez ?

3)

Wikihow diz que voce pode “servir comes e bebes que se encaixam no tema de seu evento”.

– É fácil então.


“De acordo com a publicação no Jornal de Ciência , repórteres não conseguem prosperar em um ambiente rico em arsênico”

Atmosfera de uma super-Terra é analisada pela primeira vez

Exoplaneta água

A atmosfera de um exoplaneta do tipo super-Terra foi analisada pela primeira vez por uma equipe internacional de astrônomos utilizando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (ESO).

O planeta, conhecido como GJ 1214b, foi estudado conforme ele transitava à frente da sua estrela hospedeira – em relação à Terra – e uma parte da radiação estelar atravessava a atmosfera do planeta.

A atmosfera do exoplaneta é composta essencialmente por água, ou sob a forma de vapor ou na forma de nuvens espessas ou névoas.

O planeta GJ 1214b foi descoberto em 2009 com o instrumento HARPS, montado no telescópio de 3,6 metros do ESO, e quem tem estado envolvido em várias descobertas recentes da astronomia.

Novos mundos

Os resultados iniciais sugeriam que este planeta possuísse uma atmosfera, o que agora foi confirmado e estudado em detalhe por uma equipe internacional de astrônomos, liderada por Jacob Bean, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica.

“Esta é a primeira super-Terra que teve sua atmosfera analisada, um marco verdadeiramente notável na caracterização destes mundos,” diz Bean.

O GJ 1214b tem um raio cerca de 2,6 vezes maior do que o da Terra e possui cerca de 6,5 vezes mais massa, o que o coloca claramente na classe dos exoplanetas conhecidos como super-Terras.

A sua estrela hospedeira encontra-se a cerca de 40 anos-luz de distância da Terra na constelação de Ofiúco (ou Serpentário). É uma estrela de baixa luminosidade – se a GJ 1214, a estrela, fosse observada à mesma distância de nós que o nosso Sol, ela seria 300 vezes menos brilhante.

A estrela é também pequena, o que quer dizer que o tamanho do planeta é grande quando comparado com o disco estelar, tornando-o relativamente fácil de estudar.

O planeta passa em frente do disco da estrela a cada 38 horas, à medida que a orbita a uma distância de apenas dois milhões de quilômetros: cerca de setenta vezes mais perto do que a órbita da Terra em torno do Sol.

Possibilidades

Para estudar a atmosfera, a equipe observou a radiação vinda da estrela à medida que o planeta passava à sua frente. Durante esses trânsitos, uma parte da radiação estelar atravessa a atmosfera do planeta e, dependendo da composição química e do tempo atmosférico no planeta, comprimentos de onda específicos são absorvidos.

A equipe comparou estas medições muito precisas com o que se esperaria observar para várias composições atmosféricas específicas.

Anteriormente a estas novas observações, três atmosferas possíveis para GJ 1214b tinham sido propostas.

A primeira consistia na possibilidade intrigante do planeta estar rodeado por água, a qual, devido à proximidade à estrela, estaria sob a forma de vapor.

A segunda possibilidade era a de um planeta rochoso cuja atmosfera seria essencialmente constituída por hidrogênio, mas com nuvens altas ou nevoeiros que obscureceriam a visão.

A terceira opção era a de que este exoplaneta seria uma espécie de mini-Netuno, com um núcleo rochoso pequeno e uma atmosfera espessa, rica em hidrogênio.

Por exclusão

As novas medições não mostram sinais de hidrogênio e por isso excluem a terceira hipótese.

Portanto, a atmosfera ou é rica em vapor ou encontra-se coberta por nuvens ou nevoeiros, semelhantes aos observados nas atmosferas de Vênus e Titã no nosso Sistema Solar, as quais escondem a assinatura do hidrogênio.

“Embora não possamos ainda dizer exatamente de que é feita a atmosfera, este é um grande passo rumo à caracterização da atmosfera de um mundo tão distante, diminuindo as opções para uma atmosfera constituída ou por vapor ou por nevoeiro,” diz Bean. “São agora necessárias observações na radiação infravermelha de maior comprimento de onda para determinar qual destas atmosferas existe realmente em GJ 1214b.”

Atmosfera de uma super-Terra é analisada pela primeira vez

A atmosfera do exoplaneta é composta essencialmente por água, ou sob a forma de vapor ou na forma de nuvens espessas ou névoas, um verdadeiro “exoplaneta água”.[Imagem: ESO/L.Calçada]

Fonte : Redação do Site Inovação Tecnológica

Bactéria “alienígena” da NASA foi encontrada em lago na Califórnia

Para quem esperava por ETs, a decepção foi geral. Mesmo quem especulou sobre bactérias extraterrestres deve ter ficado desencantado.

A NASA acaba de anunciar os resultados de um estudo que pode ter descoberto, na Terra, uma bactéria que, para sobreviver, não depende dos elementos químicos tradicionalmente associados à vida – e isto apontaria para a possibilidade de formas de vida no espaço diferentes da vida que conhecemos na Terra.

Busca por vida extraterrestre

Foram dias de intensas especulações depois que a NASA anunciou, no dia 29 de Novembro, que faria uma conferência hoje “para discutir uma descoberta em astrobiologia que irá impactar a busca por evidências de vida extraterrestre”.

Quem leu com atenção e se fixou apenas nos termos usados pela agência espacial não alimentou muitas expectativas – a NASA falava em impactar a buscabusca por vida, e não sobre a localização de vida extraterrestre.

Além disso, nenhum dos cientistas que estarão presentes na conferência que acontecerá daqui a pouco tem ligação com qualquer projeto em andamento que pudesse ter colhido evidências diretas de vida extraterrestre.

A imprensa já havia recebido o material com antecedência, sob a condição de não publicá-lo antes das 19h00 (horário de Brasília). Mas um site holandês quebrou o chamado “embargo” e a revista Science autorizou a publicação antecipada da notícia.

A expectativa pode ter ofuscado um pouco o brilho do achado – mas é um achado importante e, se confirmado por outros experimentos e por outros cientistas, expande o conceito de vida, ao menos nas condições necessárias para mantê-la.

Química da vida

Os livros-texto afirmam que a química da vida é muito específica, requerendo sempre seis elementos químicos: carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre. Qualquer alteração além desse grupo muda a reatividade e a estabilidade molecular, e a vida não se sustenta.

O elemento fósforo normalmente está presente na forma de um fosfato inorgânico.

Agora, Felisa Wolfe-Simon e seus colegas descobriram uma bactéria, chamada GFAJ-1, no salgado Lago Mono, na Califórnia, que parece substituir o fosfato por arsênio, ou arsênico, o elemento químico de número atômico 33 e símbolo As.

Ocorre que o arsênio é fortemente tóxico para os seres vivos. Embora quimicamente ele se comporte de forma similar ao fosfato, ele quebra as rotas metabólicas que sustentam a vida.

Bactéria  

A proteobactéria GFAJ-1, da família Halomonadaceae, parece substituir o fosfato por arsênio, levantando a possibilidade de formas de vida totalmente diferentes das atualmente conhecidas. [Imagem: Henry Bortman/Science]

Não é a primeira vez que cientistas encontram organismos que alteram quimicamente o arsênio. Organismos assim já foram associados a eventos de intoxicação na Ásia, sobretudo em Bangladesh, quando a população começou a usar água de cisternas para tentar evitar o cólera.

Mas os dados coletados neste novo estudo parecem demonstrar que a bactéria GFAJ-1 substitui o fosfato por arsênio de tal forma que ela até mesmo incorpora o arsênio em seu DNA. O microrganismo é uma proteobactéria, da famíliaHalomonadaceae.

No laboratório, os pesquisadores cultivaram a bactéria em discos de Petri nos quais o fosfato foi gradualmente substituído pelo arsênio, até que a bactéria crescesse sem necessidade de fosfato, um composto essencial para várias macromoléculas presentes em todas as células, incluindo os ácidos nucleicos, os lipídios e as proteínas.

Usando radioisótopos como marcadores, a equipe seguiu o caminho do arsênio na bactéria, desde a sua assimilação química até sua incorporação em vários componentes celulares. Segundo suas conclusões, o arsênio substituiu completamente o fosfato nas moléculas da bactéria, inclusive no seu DNA.

E a vida extraterrestre?

E o que tem tudo isso a ver com a busca por sinais de vida extraterrestre?

Ora, se um elemento tóxico como o arsênio pode substituir o fósforo em uma bactéria, isso expande a busca por formas de vida fora da Terra – até agora, encontrar arsênio em um alvo promissor para a existência de vida extraterrestre poderia fazer com que os cientistas descartassem o sítio onde o elemento foi localizado, por exemplo.

E, mais importante, se há uma substituição de fosfato por arsênio, é possível que ocorram outras substituições, abrindo ainda mais o leque de possibilidades.

“A vida como nós a conhecemos exige elementos químicos específicos e exclui outros. Um dos princípios-guia da busca por vida em outros planetas é que nós devemos ‘seguir os elementos’,” diz Ariel Anbar, membro da equipe de astrobiologia da NASA e coautor do novo estudo. “O trabalho de Felisa nos ensina que devemos pensar melhor sobre quais elementos seguir.”

Para Wolfe-Simon, nossa relação com a busca por formas de vida, em vez de se basear na tão falada “diversidade da vida”, na verdade assume que toda a vida na Terra é essencialmente idêntica, sempre baseada nas “constantes da biologia, especificamente que a vida exige os seis elementos CHNOPS montados em três componentes: DNA, proteínas e lipídios.”

CHNOPS são os símbolos químicos dos elementos carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, fósforo e enxofre.

Uma parte do grupo já havida levantado anteriormente a hipótese de “formas estranhas” de vida aqui mesmo na Terra, que poderiam existir em uma espécie de “biosfera-sombra”. Eles publicaram em Janeiro de 2009 um artigo chamado “Será que a natureza também escolheria o arsênio?”

Bactéria  

Felisa Wolfe-Simon recolhe cuidadosamente amostras da sua “bactéria extraterrestre” em um lago salgado da Califórnia. [Imagem: Henry Bortman/Science]

Céticos

Os experimentos feitos até agora não são definitivos e ainda deverão ser questionados por outros pesquisadores.

O próprio grupo afirma que ainda é necessário avaliar os níveis de arsênio e fosfato usados no experimento, assim como se certificar de que o arsênio foi realmente incorporado nos mecanismos bioquímicos vitais da bactéria, como DNA, proteínas e membranas celulares.

Steven Benner, um astrobiólogo ouvido pela própria revista Science, onde a pesquisa foi publicada, afirma que a substituição do fósforo pelo arsênio “em minha opinião não ficou estabelecida neste trabalho.”

Barry Rosen, da Universidade de Miami, disse que o arsênio pode estar simplesmente se concentrando nos extensos vacúolos das bactérias, e não se incorporando em sua bioquímica. Segundo ele, a prova definitiva pode vir, por exemplo, na demonstração de uma enzima funcional que contenha arsênio.

Forma alienígena de vida

Davies está mais entusiasmado, embora destaque que, apesar de tudo, a bactéria ainda é uma forma de vida da Terra.

“Este organismo tem uma capacidade dupla. Ele pode crescer tanto com fósforo quanto com arsênio. Isto o torna peculiar, mais ainda longe de ser alguma forma verdadeiramente ‘alienígena’ de vida, pertencente a uma outra árvore da vida, com uma origem distinta. Entretanto, a GFAJ-1 pode ser um indicador para organismos ainda mais esquisitos. O cálice sagrado será um micróbio que não contenha fósforo de jeito nenhum,” disse o cientista.

Davies prevê que o novo organismo “é seguramente a ponta do icebergue, com potencial para abrir um domínio totalmente novo na microbiologia.”

E, certamente, não são apenas os cientistas que se interessam pela descoberta.

“Nossa descoberta é uma lembrança de que a vida como nós a conhecemos pode ser muito mais flexível do que nós geralmente assumimos ou mesmo que podemos imaginar,” afirmou Wolfe-Simon.

“Esta história não é sobre arsênio ou sobre o Lago Mono,” diz ela. “Se alguma coisa aqui na Terra faz algo tão inesperado, o que poderá fazer a vida que nós ainda não conhecemos? Este é o momento de descobrir.

Fonte : Redação do Site Inovação Tecnológica

sola constans in vita res mutatio est