Piloto da Nascar reproduz pintura usada pelo tricampeão mundial de F-1 em 1974, quando iniciou a carreira nas pistas escondido da família
Capacete do tricampeão de F-1 Nelson Piquet no
início da carreira, em 1974 (Foto: Acervo pessoal)
Poucas foram as vezes em que o tricampeão mundial de Fórmula 1 Nelson Piquet fez alterações no desenho de seu capacete. Curiosamente, o traço clássico de gotas vermelhas e linhas arredondadas em um fundo branco teve uma de suas intervenções mais famosas logo nas primeiras corridas do brasileiro, em 1974. Correndo escondido da família, que não apoiava por completo as suas aventuras nas pistas, o carioca radicado em Brasília a partir da adolescência virou “Piket”, nome que escreveu em letras pouco discretas na lateral do equipamento.
Quase quatro décadas depois, o lendário “Piket” voltará às pistas. Neste fim de semana, durante as 200 Milhas de Michigan da Truck Series, uma das três categorias nacionais da Nascar, Nelsinho Piquet vai homenagear os 60 anos do pai, que faz aniversário nesta sexta-feira. O piloto, que já marcou duas poles na categoria neste ano, vai usar um capacete comemorativo, imitando a pintura adotada na primeira temporada completa de Nelsão no automobilismo. Época em que o piloto adotou o sobrenome materno, herdado de Dona Clotilde Piquet, para evitar associações ao pai, Estácio Gonçalves Souto Maior, um conhecido médico que havia sido Ministro da Saúde.
Em prova da Nascar, Nelsinho Piquet prestará
homenagem aos 60 anos do pai (Foto: Divulgação)
– É curioso eu colocar de volta o “Piket” na pista, para homenagear meu pai justamente com um artifício que ele criou para sua carreira de piloto não chamar atenção do meu avô. A pintura em si é bem mais simples que outros capacetes que fizeram para mim em 2012. Mas o capricho fica claro em alguns detalhes. Por exemplo: no cuidado de simular uns arranhões em alguns pontos do casco. Espero que meu pai goste de ganhar essa peça de presente depois. E, mais ainda, que o “Piket” atraia para mim na Nascar o sucesso que ele teve na Fórmula Super Vê – orgulha-se Nelsinho, que perquisou pessoalmente os poucos registros fotográficos dos primeiros anos da carreira do pai.
Fonte Globo Esporte