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Físicos Declaram Vitória na Caça ao Higgs

Agora pesquisadores precisam determinar a identidade exata da nova partícula

EXPERIMENTO ATLAS © 2012 CERN

O experimento Atlas observou um novo tipo de bóson decaindo em quatro elétrons – um bom indicador de que é a partícula de Higgs.

Físicos anunciaram hoje ter visto um claro sinal do bóson de Higgs – uma parte fundamental do mecanismo que dá massa a todas as partículas.
Dois experimentos independentes apresentaram seus resultados hoje de manhã no Cern, o laboratório europeu de física de altas energias perto de Genebra, na Suíça. Ambos mostram evidências convincentes de um novo bóson pesando cerca de 125 gigaeletronvolts, que até o momento está de acordo com as previsões sobre o Higgs feitas anteriormente por físicos teóricos.
“Como leigo eu diria: ‘Acho que encontramos’. Vocês concordam?”, perguntou o diretor geral do Cern, Rolf-Dieter Heuer, ao auditório lotado. Os físicos reunidos explodiram em aplausos.
“É realmente incrível isso ter acontecido durante minha vida”, declarou Peter Higgs, o teórico que empresta seu nome ao bóson, lutando para não chorar diante da plateia.
O anúncio surge quase 50 anos após Higgs e quatro outros teóricos preverem a existência do bóson. A partícula foi originalmente invocada para explicar porque partículas chamadas de bósons W e Z têm massa, enquanto fótons – partículas de luz – não têm. Os bósons W e Z são os mediadores da força nuclear fraca (que governa certos tipos de decaimento radioativo), e os fótons da força eletromagnética. Então, explicando a diferença em suas massas, o bóson de Higgs permitiu que os físicos unificassem as duas forças em uma única força “eletrofraca”.
Dessa forma, o modelo padrão da física de partículas é baseado na existência de algo como uma partícula de Higgs. Com o passar dos anos, medições de outras partículas verificaram o modelo com precisão impressionante, apoiando a ideia da existência do Higgs, explica Tom Kibble, do Imperial College London, outro teórico a prever a partícula pela primeira vez. “A coisa toda não se encaixaria bem se ele não existisse”.
O anúncio de hoje é visto como uma forte confirmação do modelo e uma vitória para os dois experimentos do Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês). De aproximadamente 500 trilhões de colisões, “o sinal que estamos vendo têm dezenas de partículas”, apontou Joe Incandela, porta-voz do experimento Solenóide Compacto de Múons (CMS, em inglês). O feito é equivalente a encontrar alguns grãos específicos dentro de uma piscina olímpica cheia de areia. “Estou extremamente orgulhoso de ter colaborado com o que foi feito”, adiciona Incandela. 
Heuer põe a possibilidade de as medidas serem falhas estatísticas na ordem de uma em um milhão – em termos físicos, por volta de 5 sigma.
As maneiras com que a nova partícula interage com outras é consistente com o que era esperado para um bóson de Higgs, ainda que medições adicionais sejam necessárias para determinar sua identidade. De acordo com Incandela, os físicos vão querer determinar, em particular, se o novo bóson tem spin zero como previsto.
A forma com que a nova partícula decai em outras também será fundamental para verificar sua natureza exata. No momento, o novo bóson já parece estar decaindo em pares de raios gama um pouco mais frequentemente do que o previsto pelas teorias, destacou Bill Murray, físico do Atlas, outro experimento envolvido na descoberta. O pesquisador reforça, no entanto, que é importante lembrar que os dados ainda são muito preliminares.
Segundo Heuer, o LHC funcionará por três meses além do que foi planejado originalmente, para tentar responder a algumas dessas perguntas no ano que vem. “É o início de uma longa jornada”, reforça ele.

Fonte : SCIAM

Buracos no asfalto: prevenir ou consertar automaticamente

Desgaste do asfalto

Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos, da USP, avaliaram uma nova técnica que consegue prever o desgaste do asfalto em rodovias.

"Esse método foi usado como ferramenta de teste da previsão do desempenho do pavimento. Os resultados obtidos a partir do uso dos modelos foram muito próximos dos dados do desgaste real que tinha acontecido, ou seja, os modelos desenvolvidos foram capazes de caracterizar adequadamente o tráfego da região estudada", afirma Heliana Barbosa Fontenele.

O trabalho faz parte de uma avaliação da modelagem desenvolvida pela American Association of State Highway and Transportation Officials (AASHTO), a associação rodoviária dos Estados Unidos.

O programa analisa dados relacionados ao tráfego na rodovia, avaliando, por exemplo, os tipos de veículos que circulam, o peso e a quantidade de eixos de cada um, além do clima local e dos materiais usados na pavimentação.

Até agora, no Brasil, só se utilizam métodos empíricos, que não conseguem oferecer previsões razoáveis do desgaste, já que não se consegue levar em conta as variáveis específicas de cada lugar, como clima, materiais, tipo de tráfego, frequência da passagem dos veículos, etc.

Simulação do desgaste das rodovias

Um ponto crucial na modelagem foi a obtenção de dados precisos sobre o peso de cada eixo dos veículos, sobretudo dos caminhões.

Como poucas estradas brasileiras têm equipamento de pesagem em funcionamento, os pesquisadores estão trabalhando para gerar modelos estatísticos que representem a distribuição do tráfego por região.

Os modelos gerados podem ser usados posteriormente para identificar previamente os problemas das rodovias.

"Depois de gerar os modelos de acordo com a frequência do desgaste, usamos o método da AASHTO, que foi disponibilizado na internet. Esse programa gera as curvas de desempenho do pavimento para cada tipo de deterioração", conta Heliana.

O resultado é uma curva da evolução da deterioração do pavimento ao longo do tempo.

Há um valor limite para cada tipo de defeito no asfalto. "Quando esse tempo é alcançado, significa que o pavimento chegou no seu limite, no fim da vida e que precisa de uma intervenção para ser melhorado," explica a engenheira.

Buracos no asfalto: prevenir ou consertar automaticamente

Os pesquisadores esperam que o sistema permita aumentar a vida útil dos pavimentos asfálticos, inibindo as trincas. [Imagem: GTRI/Jonathan Holmes]

Conserto automático do asfalto

Agir preventivamente, como propõe o trabalho da pesquisadora brasileira, é sempre a melhor opção.

Como isso nem sempre é possível, uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, está tentando desenvolver um sistema que permita a identificação dos defeitos no asfalto e, simultaneamente, faça um primeiro conserto emergencial.

O protótipo foi montado em uma carreta, que deve ser rebocada lentamente – cerca de 5 km/h – pela rodovia a ser verificada e consertada.

Em testes em condições reais, o equipamento conseguiu detectar trincas de 3 milímetros de espessura, despejando automaticamente uma mistura selante sobre a trinca.

"Nosso protótipo provou de muitas formas que um sistema automático de conserto de trincas no asfalto é viável," comemorou Jonathan Holmes, coordenador do projeto.

O sistema usa uma câmera estéreo, um sistema de iluminação do asfalto com LEDs de duas cores, para facilitar o processamento digital das imagens, e um equipamento de suprimento do selante, que é controlado pelo computador que analisa as imagens.

Em termos de mão-de-obra, a operação requer apenas o motorista do carro que puxa a carreta.

 

Buracos no asfalto: prevenir ou consertar automaticamente

O conserto ainda não está perfeito, mas está ótimo para um equipamento automático, que trabalha rodando a 5 km/h.[Imagem: GTRI/Jonathan Holmes]

Os cães sentem culpa ?

Pesquisadores investigam se cães realmente  sentem culpa ao quebrar regras impostas pelos donos

“Cheguei em casa e ele estava agindo de maneira estranha. Eu sabia que ele tinha feito alguma coisa errada”, contou-me ela. Pedi mais detalhes. “Sua cabeça estava baixa e ele não me olhava nos olhos”, continuou. “Então eu encontrei: embaixo da cama”.
Minha amiga passou semanas treinando seu cão, Henry, para que ele não fizesse cocô no carpete. E lá estava, embaixo da cama. “Ele sabia que havia se comportado mal, por isso estava agindo com tanta culpa”, insistiu a moça, certa de que seu cão sabia que havia violado suas regras. Mas ela não estava sozinha: 74% dos donos de cães acreditam que seus animais sentem culpa.
Existem muitas evidências para o que os cientistas chamam de emoções primárias – alegria e medo, por exemplo – em animais. Mas evidências empíricas para emoções secundárias como ciúme, orgulho e culpa são extremamente raras na literatura sobre cognição animal, já que emoções secundária requerem certo nível de sofisticação cognitiva, particularmente no que diz respeito à autoconsciência, que pode não existir em animais não-humanos.
O problema é que a demonstração de comportamentos associados à culpa não é, em si, sinal da capacidade de senti-la emocionalmente. Os comportamentos culposos se seguem às transgressões? Se sim, isso forneceria pistas de que os cães podem estar conscientes delas. Ou será que o comportamento de culpa acompanha uma repreensão ao animal? – uma especulação razoável, já que os donos tendem a brigar menos com seus cães se eles “se arrependerem”. Se esse for o caso, o comportamento poderia ser simplesmente resultado da associação aprendida entre um estímulo (como fazer cocô no carpete) e o castigo que se segue.
Para analisar a questão, um grupo de pesquisadores de cognição canina da Eotvos Lorand University, em Budapeste, liderados por Julie Hecht, criou um experimento, relatado no periódico Applied Animal Behavior Science.
Os pesquisadores queriam responder duas perguntas. “Quando estão recebendo seus donos, cães que se comportaram mal na ausência deles agem diferentes dos “inocentes?”/ “Os donos seriam capazes de determinar, baseando-se apenas no comportamento do cão, se  eles cometeram alguma transgressão?

Durante o estudo, os pesquisadores determinaram o comportamento de recepção padrão de 64 cães, após breve separação dos donos. Além disso, estabeleceram uma regra social: animais não podem pegar comida que fica em cima da mesa. Em seguida, os cães foram deixados sozinhos com e os pesquisadores verificaram como recebiam seus donos após terem se alimentado, ou não, da “comida proibida” e observavam se os donos conseguiam determinar se os cães haviam quebrado a regra.


A primeira descoberta mostrou que os cães nem sempre agem com culpa – apenas em certas circunstâncias. Eles mostraram significativamente menos comportamentos associados à culpa quando estavam sendo recebidos por seus donos do que quando estavam sendo repreendidos. Depois, os pesquisadores verificaram se os cães transgressores demonstravam mais culpa. Surpreendentemente, os dois grupos apresentaram a mesma tendência a agir com culpa. Juntas, as conclusões fornecem uma possível resposta para a primeira pergunta: cães que se comportaram mal não tinham tendências estatisticamente significativas de se comportar diferente dos demais.
Outra descoberta, no entanto, pode indicar possíveis sentimentos de culpa. Cada cão teve três oportunidades de receber seus donos: uma vez antes de a regra ser estabelecida; depois de a regra ter sido estabelecida e os cães terem oportunidade de violá-la; e uma terceira vez, após a regra, mas sem oportunidade de violá-la. Enquanto todos tendiam a agir com culpa durante a segunda recepção ao serem repreendidos, somente os que de fato cometeram transgressões mantiveram o comportamento durante a terceira recepção.
Sobre os donos, quase 75% foram capazes de determinar se os cães haviam se comportado mal: um resultado significativamente maior que o esperado para chutes aleatórios. No entanto, é possível que os donos estivessem se baseando no comportamento anterior dos cães para isso. Talvez os donos não estivessem se baseando apenas no comportamento dos animais, mas em sua tendência anterior a comer os alimentos! Após eliminar esses donos (que sabiam que os cães haviam violado a regra antes mesmo de ela ter sido estabelecida), os participantes não conseguiram determinar se seus cães haviam se comportado mal.
Pesquisas futuras, segundo os pesquisadores, terão de investigar questões em ambientes familiares, e não no laboratório, examinando regras sociais já estabelecidas entre dono e cão. Ainda pode demorar algum tempo para que possamos saber com certeza se cães sentem culpa, ou se as pessoas conseguem determinar se um cão violou uma regra antes de encontrar evidências concretas disso.

Fonte : SCIAM Brasil

Original : SCIAM

Convertendo Multa de Trânsito em advertência

Para conhecimento. Acho que pode ser útil.
 
No
caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado pelo
mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa.

 
É só ir ao DETRAN e pedir o formulário para converter a infração em advertência com base no Art. 267 do CTB.
Levar Xerox da carteira de motorista e a notificação da multa.
 
Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito. Perde os pontos, mas não paga nada.


       
Art. 267. Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à
infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa,
não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze
meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator,
entender esta providência como mais educativa.

       
§ 1º A aplicação da advertência por escrito não elide o acréscimo do
valor da multa prevista no § 3º do art. 258, imposta por infração
posteriormente cometida.

       
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se igualmente aos pedestres,
podendo a multa ser transformada na participação do infrator em cursos
de segurança viária, a critério da autoridade de trânsito.

Código de Trânsito Brasileiro
http://www.denatran.gov.br/ctb.htm