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Petróleo e gás natural podem não ser fósseis

Teorias famosas

O Universo originou-se de uma descomunal explosão, conhecida como Big Bang. O petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis. Estas são provavelmente as duas teorias científicas mais disseminadas, de maior conhecimento do público e algumas das que alcançaram maior sucesso em toda a história da ciência.

Elas são tão populares que é fácil esquecer que são exatamente isto – teorias científicas, e não descrições de fatos testemunhados pela história. Mesmo porque as duas oferecem explicações para eventos que se sucederam muito antes do surgimento do homem na Terra.

Teoria dos combustíveis fósseis

Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceita atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.

É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de "combustíveis fósseis" – porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.

Teoria do petróleo abiótico

Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemônica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica, ou abiogênica – sem relação com formas de vida.

Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.

A deposição lenta, como registrada por todos os fósseis, não parece se aplicar, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos praticamente não apresentam alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.

Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.

Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase "instantânea," deveriam ocorrer de forma disseminada – para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta – e em grande intensidade – suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.

Carbono do interior da Terra

Por essas e por outras razões, vários pesquisadores afirmam que nem petróleo, nem gás natural e nem mesmo o carvão, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam eles, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.

Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.

É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.

Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.

Metano e etano abióticos

A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com colegas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação acadêmica do que em outras partes do mundo.

O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.

Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.

No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.

Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.

Reações reversíveis

Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reações implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.

"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas," afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."

"Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.

Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra

"A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas," explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.

"Além disso, a extensão na qual esse carbono ‘reduzido’ sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.

Bibliografia:
Methane-derived hydrocarbons produced under upper-mantle conditions
Anton Kolesnikov, Vladimir G. Kutcherov, Alexander F. Goncharov
Nature Geoscience
26 July 2009
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/ngeo591

Fonte : Inovação Tecnológica

Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato

Branco contínuo

Cientistas norte-americanos criaram um novo tipo de lâmpada de estado sólido, similar aos LEDs, que apresenta luz contínua, sem o conhecido “tremeluzir” (flicker).

A tecnologia é baseada em um tipo de material orgânico conhecido como FIPEL – Field-Induced Polymer Electroluminescent, polímero eletroluminescente induzido por campo elétrico.

Além da maior eficiência energética, a nova lâmpada emite luz branca muito pura – ao contrário do amarelado das lâmpadas fluorescentes e do azulado dos LEDs.

Yonghua Chen e seus colegas da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, usaram uma matriz de polímeros estruturados em nanoescala para converter as cargas elétricas em luz.

Lâmpada de plástico

O dispositivo é formado por três camadas de plásticos emissores de luz misturados com pequenas quantidades de nanomateriais que brilham quando estimulados eletricamente.

A emissão de luz foi otimizada pela adição de nanotubos de carbono à mistura – a elevada condutividade elétrica dos nanotubos facilita a transferência das cargas e seu contato com o material emissor de luz.

A variação dos materiais dopantes permite que a nova lâmpada seja fabricada de forma a emitir luz de qualquer cor.

Dispositivos emissores de luz baseados nos materiais FIPEL já vêm sendo pesquisados há vários anos por vários grupos de pesquisa, mas esta é a primeira vez que eles são postos para brilhar em larga escala e com boa eficiência, com potencial para substituir as lâmpadas tradicionais.

Lâmpadas planas

Como o material emissor de luz é de estado sólido e essencialmente um plástico, a lâmpada pode ser fabricada em qualquer formato – de uma folha totalmente plana ao tradicional formato das lâmpadas incandescentes.

Segundo os pesquisadores, seu dispositivo tem uma eficiência duas vezes maior do que as lâmpadas fluorescentes compactas e equivalente aos LEDs tradicionais.

“Essas lâmpadas não quebram, não contaminam o ambiente com mercúrio como as lâmpadas fluorescentes compactas e nem emitem aquela luz azulada dos LEDs,” disse David Carroll, coordenador do grupo.

Segundo os pesquisadores, pelo menos um fabricante de lâmpadas já se interessou pela nova tecnologia, que poderá chegar ao mercado já no ano que vem.

 

Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato

Pesquisadores observam sua nova lâmpada plástica de estado sólido, que poderá chegar ao mercado no ano que vem.

[Imagem: Ken Bennett/Wake Forest University]

Fonte : Inovação Tecnológica

A2RAM: memória revolucionária promete ultraminiaturização

Revolução nas memórias?

Cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, apresentaram o que eles alegam ser a maior inovação na área de memórias desde o advento dos computadores.

"Desde sua invenção nos anos 1960 por Robert Dennard, na IBM, as instruções e os dados necessários para o funcionamento de um computador são armazenados como zeros e uns em matrizes de células DRAM (Dynamic Random Access Memory)," comentou Francisco Gamiz.

Embora continuamente miniaturizadas, essas memórias veem funcionando praticamente com o mesmo conceito. Algo que o grupo de Gamiz e Noel Rodríguez espera mudar agora.

A-RAM e A2RAM

Os pesquisadores espanhóis projetaram sua memória A-RAM (Advanced Random Access Memory– memória de acesso aleatório avançada) em 2009.

Agora eles conseguiram fabricar os primeiros protótipos para demonstrar que o conceito funciona de fato – sobretudo que é possível fabricá-lo em escala industrial.

Segundo os pesquisadores, as células de memória A-RAM e sua variante A2RAM podem solucionar os problemas de miniaturização com que estão se deparando as memórias DRAM, que equipam praticamente todos os dispositivos digitais, como computadores, smartphones e tablets.

As novas memórias apresentam tempos de retenção de dados mais longos, consumo de energia muito baixo e uma grande separação entre os níveis lógicos, o que as torna especialmente imunes ao ruído, às interferências e à variabilidade dos processos tecnológicos de fabricação.

A2RAM: memória revolucionária promete ultraminiaturização

Esquema da memória de transístor único A-RAM (em cima) e A2RAM (embaixo). [Imagem: F. Gamiz]

Memória de transístor único

Cada bit de memória DRAM é formado por um transistor e um capacitor. O dado é armazenado na forma de uma carga elétrica, e o transístor é usado para acessá-lo.

Atualmente já existem células de memória DRAM com dimensões na faixa dos 20 nanômetros, mas está se mostrando inviável miniaturizá-las ainda mais.

Isto se deve sobretudo à carga mínima necessária para distinguir claramente entre os dois estados de um bit (0 ou 1), o que tem impedido reduzir o tamanho do capacitor.

Os pesquisadores espanhóis projetaram então uma nova célula de memória sem o capacitor, formada por um único transístor.

"Se não podemos reduzir ainda mais o tamanho dos capacitores, a solução é substituí-lo por células de memória 1T-DRAM – memórias DRAM de um só transístor – que armazenam a informação no próprio transístor," disse Gamiz.

O transístor serve simultaneamente para armazenar a informação e para detectar o estado da célula, isto é, acessar o dado.

Rumo ao mercado

Segundo os pesquisadores, as memórias A-RAM e A2RAM receberam 10 patentes em Japão, EUA, Coreia e União Europeia.

Empresas como Samsung e Hynix (Coreia) e Micron (EUA) já demonstraram interesse em investir na fabricação das novas memórias.

A2RAM: memória revolucionária promete ultraminiaturização

Noel Rodriguez (esquerda) e Francisco Gamiz (direita) apresentam o primeiro protótipo de sua memória de transístor único, a A2RAM.[Imagem: UGR]

 

Fonte : Inovação Tecnológica

Brasil pode se tornar membro oficial do CERN

Sócio do LHC

Representantes do do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla em inglês), estiveram no Brasil para avaliar se o país tem condições de se tornar membro associado da instituição.

O CERN é o responsável pela construção e operação do maior acelerador de partículas do mundo – o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) -, onde foram descobertos nos últimos meses indícios da existência do bóson de Higgs.

Até hoje, 20 países europeus são oficialmente membros do CERN, que foi fundado em 1954. Outros 40 países que não são membros oficiais, incluindo o Brasil, têm pesquisadores participando dos experimentos realizados na instituição.

A partir de 2010, em função da redução da contribuição de seus países-membros, causada pela crise econômica europeia, a organização passou a aceitar como membros associados países não europeus.

O Brasil e Rússia, entre outras nações, demonstraram interesse em fazer parte do grupo.

Custos e benefícios

Para se tornar membro associado, os representantes do CERN avaliam se a comunidade de físicos, além de universidades, instituições de pesquisa e empresas do país têm condições de se beneficiar das atividades relacionadas à física de partículas realizadas na instituição e das tecnologias associadas e geradas a partir delas.

A internet, por exemplo, foi criada em 1989 por um cientista do CERN – o físico britânico Tim Berners-Lee, em parceria com outro pesquisador da instituição, o belga Robert Cailliau.

Se for aceito como membro oficial do CERN, o Brasil terá que contribuir com uma taxa anual calculada em função do PIB do país – o orçamento da instituição foi o equivalente a R$2,54 bilhões em 2011.

Em contrapartida, as indústrias brasileiras poderão se habilitar para participar dos contratos que a instituição oferece para o fornecimento de tecnologias para as atualizações do LHC e para os experimentos realizados na instituição.

Além disso, o país também poderá participar dos programas de pós-doutorado, treinamento para engenheiros e períodos sabáticos oferecidos pelo CERN e ser membro do conselho da instituição.

Como membro oficial do centro de pesquisa, o Brasil ainda terá poder de voto nos comitês de colaborações, que decidem como serão realizados e financiados os experimentos e as análises dos dados gerados por eles.

Participação brasileira no LHC

Um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) participa da colaboração Compact Muon Solenoid (CMS, na sigla em inglês), um dos grandes detectores do LHC.

Os pesquisadores da Unesp integram o Centro de Pesquisa e Análise de São Paulo (Sprace, na sigla em inglês), criado em 2003.

O Sprace teve participação ativa no experimento DZero do Fermilab, nos Estados Unidos, que operou até setembro de 2011 e já publicou mais de 130 trabalhos científicos resultados de pesquisas com a colaboração CMS.

O cluster do Sprace, atualmente com capacidade de armazenamento de 1 petabyte, faz parte do Worldwide Computing Grid do LHC (WLCG).

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também participam da colaboração ALICE, outro detector do LHC, que reúne mais de 1,2 mil cientistas de 36 países e 132 instituições de pesquisa diferentes.

Em sua passagem pelo Brasil, a delegação do CERN visitou universidades, instituições de pesquisa e empresas nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas e Brasília.

Polêmica

Recentemente o Brasil formalizou sua adesão a outro grande projeto internacional, o Observatório Europeu do Sul (ESO).

A medida recebeu duras críticas da comunidade científica não envolvida com a decisão, que afirma que os recursos poderiam ser gastos de forma mais produtiva com pesquisas mais afetas aos trabalhos desenvolvidos nas universidades brasileiras.

Fonte : Informação Tecnológica

Cientista diz que viagem em dobra não é impossível

Explorar mundos distantes não é uma visão impossível para os escritores de ficção científica, que sempre levaram a imaginação através dos confins do universo em fabulosas naves espaciais. Agora um cientista da NASA parece querer transformar uma ficção de Jornada em fato científico, a velocidade de dobra.

A NASA implementou em 2011 um avançado laboratório de física de propulsão, informalmente conhecido como “Eagleworks“, para prosseguir na pesquisa de tecnologias de propulsão necessárias para permitir a exploração humana do sistema solar ao longo dos próximos 50 anos, e permitindo o voo espacial interestelar até o final do século. Este trabalho apóia diretamente os objetivos do ”Breakthrough Propulsion” da agência.

O Dr. Harold “Sonny” White, atualmente, atua como Líder do Advanced Propulsion Theme Lead e é o representante do Johnson Space Center para os Grupos de Trabalho de sistemas nucleares. O trabalho que está sendo perseguido por este laboratório é aplicado na investigação científica nas áreas do vácuo quântico, gravidade, natureza do espaço-tempo, e outros fenômenos fundamentais da física.

Numa tentativa de encontrar alternativas que nos permitam viajar extremamente rápido, sem quebrar as leis da física, Dr. White e outros físicos descobriram brechas em algumas equações matemáticas, brechas essas que indicam que a dobra do espaço-tempo é realmente possível, “Talvez uma experiência de Jornada em nossa existência não seja uma possibilidade remota”, disse o cientista num artigo seu publicado no Icarus Interestellar, um grupo sem fins lucrativos de cientistas e engenheiros dedicados a perseguir vôo espacial interestelar.

Um trabalho teórico recente publicado por White sugere que é possível projetar o espaço-tempo, criando condições semelhantes ao que impulsiona a expansão do cosmos. ”A forma canônica da métrica de Alcubierre nos fornece uma nova visão sobre como um dispositivo de teste poderia ser construído para gerar uma região esférica de perturbação de 1 cm de diâmetro”, disse White em sua dissertação.

Essas equações estão sendo testadas agora usando um instrumento chamado White-Juday Warp Field Interferometer (Interferômetro de Campo de Dobra White-Juday). Este interferômetro a laser vai tentar gerar e detectar um exemplo microscópico de uma pequena bolha de dobra.

Através de um Q-Thrister, propulsor de plasma quântico de vácuo, usando os mesmos princípios por trás dos propulsores magnetohidrodinâmicos (MHD), o plasma virtual é exposto a campos cruzados que forçam o plasma numa direção a alta velocidade. Q-Propulsores diferentes usando as flutuações do vácuo quântico como a fonte de combustível, podem eliminar a necessidade de transportar o propulsor.

O Dr. White diz que, se tudo for confirmado nos experimentos práticos, “seremos capazes de criar um motor que vai nos levar a Alpha Centauri em duas semanas, medida pelos relógios aqui na Terra ou visitar Gliese 581g, um planeta parecido com a Terra, 20 anos-luz de distância, em dois anos”. O tempo será o mesmo na nave e na Terra, afirma o cientista, e não haverá aquela “maré de forças fisicas dentro da bolha, sem problemas indevidos, e a aceleração adequada lá dentro será zero. Ao ligar o campo, ninguém será esmagado contra a parede pela aceleração, o que tornaria essa viagem muito curta e triste”.

Outro problema seria as necessidades energéticas colossais para dobrar o espaço em volta da uma nave. No entanto, a análise teórica de White demonstrou que as necessidades de energia podem ser reduzidas primeiro para optimizar a espessura da bolha de dobra, e ainda pela oscilação da intensidade da bolha para reduzir a rigidez do tempo-espaço. Essa redução seria equivalente a passar de uma massa exótica de energia escura do tamanho de Júpiter para uma quantidade menor do que a sonda Voyager 1 (500 kg) criando uma bolha de 10 metros com uma velocidade efetiva de 10 vezes a velocidade da luz, o que já seria uma melhoria e tanto, né?

White, que chamou o projeto de uma “experiência humilde”, acredita que muito ainda tem de ser feito para que seja comprovada uma real velocidade de dobra, mas disse que representa um primeiro passo promissor, “Embora este seja apenas um exemplo pequeno dos fenômenos, vai ser a prova de existência para a idéia de perturbar o espaço-tempo como uma “pilha de Chicago” foi naquele momento”, disse o entusiamado cientista. “Lembre-se que em dezembro de 1942 viu-se a primeira demonstração de uma reação nuclear controlada que gerou meio watt. Esta prova de existência foi seguida pela ativação de um outro reator de quatro megawatts em novembro de 1943. A prova de existência para a aplicação prática de uma idéia científica pode ser um ponto de inflexão para o desenvolvimento da tecnologia”.

White prometeu que apresentaria algum resultado no 100 Year Starship Symposium em Houston, realizado neste último fim de semana, e que teve a participação dos atores Nichelle Nichols e LeVar Burton, do presidente Bill Clinton, entre outras celebridades, cientistas e astronautas.

Fonte: FFESP e GISMODO.

Empresa cria moto hover que lembra Star Wars

O hover da Aerofex é o resultado de um projeto de engenharia dos anos 1960, mas que tinha sido abandonado por conta de sérios problemas de instabilidade. A empresa californiana resolveu assumir os riscos e tentar descobrir uma maneira de corrigir a tendência natural da moto voadora de tombar para os lados. O resultado é um veículo capaz de chegar a 4 metros de altura e de atingir até 48 km/h.

Um aspecto interessante do produto é a sua capacidade de voar sem a necessidade de complicados softwares e controladores eletrônicos. O comando do meio de transporte é feito apenas com princípios básicos de aerodinâmica e equilíbrio. Em princípio, não há a intenção de se comercializar uma versão do aparelho. A ideia é usar a tecnologia desenvolvida no protótipo para a criação de veículos aéreos não tripulados.

O vídeo abaixo mostra a “hovermoto” em ação:

Fonte : techtudo

Carros autônomos do Google registram 482 mil quilômetros sem acidente

 Carros autônomos do Google registram 482 mil quilômetros sem acidente

A equipe do Google que tem operado os carros sem motoristas registraram um importante feito: o programa de auto-condução registrou 482 mil quilômetros sem sofrer qualquer acidente.

Na verdade, há um acidente registrado mas a culpa foi do próprio motorista. O buscador acrescentou que, enquanto uma tonelada de progresso tem sido feito, o projeto de auto-condução ainda tem um longo caminho a percorrer. Por exemplo, os carros ainda precisa dominar as condições de neve.

O Google também revelou que acrescentou um Lexus RX450h à sua frota de auto-condução de veículos para “refinar seus sistemas em ambientes diferentes e em diferentes terrenos.”

“Como passo seguinte, os membros da equipe do carro autônomo irão trabalhar sozinhos (em vez de pares), para coisas como ir ao trabalho”, disse o Google em seu blog. “Este é um marco importante, pois traz esta tecnologia a um passo de cada viajante.”

infografico googlecar Carros autônomos do Google registram 482 mil quilômetros sem acidente

Por Renê Fraga em 10 de agosto de 2012 – 12:32

Fonte : Google Discovery