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Fusão Nuclear a frio, O Retorno: Cientistas encontram novas evidências

Pesquisadores norte-americanos divulgaram resultados de uma pesquisa
que oferece novas evidências para a existência das chamadas reações
nucleares de baixa energia, mais conhecidas como fusão a frio.

Fusão nuclear "a quente"

A fusão nuclear é a fonte de energia das estrelas. Se domada na
Terra, a tecnologia poderá representar uma fonte de energia
virtualmente inesgotável e sem poluição. A energia seria gerada a
partir do deutério, um isótopo de hidrogênio que pode ser extraído da
água do mar.

Atualmente existem dois grandes projetos científicos em andamento
tentando produzir a fusão nuclear "a quente" para a geração de
eletricidade: o Iter e o Hiper.

Fusão nuclear a frio

A fusão a frio, que seria muito mais barata e simples, veia à tona
em 1989, quando Martin Fleishmann e Stanley Pons afirmaram ter
verificado a fusão nuclear em um equipamento de mesa, chamado célula
eletrolítica. Contudo, outros cientistas não conseguiram reproduzir o
experimento e o interesse no assunto declinou rapidamente.

Mas não para Pamela Mosier-Boss e sua equipe. Utilizando o princípio
da célula eletrolítica de Fleishmann e Pons ligeiramente modificado, os
pesquisadores afirmam ter provas de que a fusão a frio realmente
ocorreu.

"Nossa descoberta é muito significativa. Pelo que sabemos, este é o
primeiro relato científico da produção de nêutrons de alta energia a
partir de um equipamento de reação nuclear de baixa energia," diz
Pamela.

Trilhas triplas de nêutrons

Os pesquisadores inseriram um eletrodo feito com uma liga de níquel
e ouro em uma solução de cloreto de paládio misturada com "água pesada"
– ou deutério – em um processo chamado codeposição.

Quando a célula recebe uma corrente elétrica, dá-se uma reação
química que dura poucos segundos. Os cientistas então utilizaram um
plástico especial, chamado CR-39, para rastrear e capturar quaisquer
partículas de alta energia que pudessem ser emitidas durante a reação,
incluindo quaisquer nêutrons emitidos durante a fusão dos átomos de
deutério. Um átomo de deutério contém apenas um nêutron e um próton em
seu núcleo.

No final do experimento, eles examinaram o plástico sob o
microscópio e descobriram padrões de "trilhas triplas", minúsculos
aglomerados de buracos adjacentes que parecem originar-se de um único
ponto central.

Nêutrons emitidos por fusão

Os pesquisadores afirmam que as trilhas foram feitas por partículas
subatômicas liberadas quando os nêutrons se chocaram contra o plástico
e que esses nêutrons teriam se originado de reações de fusão nuclear,
provavelmente combinando ou fundindo os núcleos de deutério.

"As pessoas sempre perguntaram ‘Onde estão os nêutrons’?" diz
Pamela. "Se você tiver uma fusão nuclear acontecendo, então você terá
que ter nêutrons. Nós agora temos evidências de que há nêutrons
presentes nas reações nucleares de baixa energia."

Instrumentos errados

Quando os primeiros experimentos de fusão a frio foram descartados
pela comunidade científica, no início dos anos 1990, o principal
argumento utilizado foi de que era extremamente difícil utilizar os
instrumentos eletrônicos convencionais para detectar o pequeno número
de nêutrons produzidos pela reação.

Pode ser que os nêutrons sempre estivessem lá e tudo o que faltava era uma melhor ideia de como detectá-los.

Agora os pesquisadores planejam efetuar novos estudos para descobrir
exatamente como sua célula eletrolítica de fusão a frio funciona, um
conhecimento que será essencial para eles possam controlar e
equipamento e utilizá-lo para fins práticos.

Fonte : Inovação Tecnológica

Meteorito revela um dos segredos da vida

Vida canhota

Panspermia é o nome da hipótese segundo a qual os elementos básicos
da vida poderiam ter surgido em qualquer parte do Universo, chegando
até a Terra a bordo de meteoritos.

Ainda faltam evidências razoáveis para que essa hipótese possa ser
promovida a teoria mas, ao analisar a poeira de alguns meteoritos,
cientistas da NASA descobriram algo que, se não explica a origem da
vida, pode ajudar a compreender um dos elementos fundamentais de sua
organização molecular.

"Nós encontramos um maior embasamento para a ideia de que as
moléculas biológicas, como os aminoácidos, criados no espaço e trazidos
para a Terra em meteoritos ajudam a explicar porque a vida é canhota,"
diz o Dr. Daniel Glavin.

Aminoácidos canhotos

Todas as formas de vida que conhecemos utilizam somente versões
canhotas dos aminoácidos para elaborar as proteínas – da mesma forma
que as letras do alfabeto podem ser arranjadas de inúmeras formas para
criar as palavras, cerca de 20 aminoácidos são combinados para criar
milhões de diferentes proteínas.

Os aminoácidos podem ser criados em dois formatos diferentes, um dos
quais é o espelho do outro. Uma dessas formas é virada para a direita e
a outra para a esquerda – daí a referência aos aminoácidos canhotos.

A vida funciona muito bem com os aminoácidos canhotos, mas não
mostra nenhuma predileção pelos aminoácidos destros e menos ainda por
qualquer espécie de mistura entre os dois tipos.

Como a vida decidiu?

O mistério que resta a ser desvendado, então, é: como ou por que a vida decidiu usar os aminoácidos canhotos e não os destros?

Depois de estudar dezenas de amostras de meteoritos ricos em carbono
– conhecidos como condritos carbonáceos – em busca de um aminoácido
chamado isovalina, os pesquisadores descobriram que essas pedras do
espaço também têm mais aminoácidos canhotos do que destros.

"A descoberta de mais isovalina canhota em uma grande variedade de
meteoritos dá suporte à teoria de que os aminoácidos trazidos do espaço
para a Terra primordial por asteróides e cometas contribuíram para a
origem da vida baseada apenas em proteínas à base de aminoácidos
canhotos," diz o Dr. Glavin.

Participação da água

Os pesquisadores descobriram também que os meteoritos com maior
quantidade de água têm maior quantidade do aminoácido canhoto. "Isto
nos dá uma pista de que a criação de aminoácidos canhotos em maior
quantidade tem algo a ver com a alteração pela água. Como há muitas
formas de produzir aminoácidos canhotos, esta descoberta estreita
consideravelmente o campo de busca," diz Jason Dworkin, coautor da
pesquisa.

Vida extraterrestre no Sistema Solar

Se a preferência da vida por estruturas canhotas originou-se no
espaço, isto torna a busca por vida extraterrestre em nosso Sistema
Solar um pouco mais difícil, porque torna-se mais complicado saber se a
vida eventualmente encontrada é realmente extraterrestre ou é produto
de alguma contaminação levada pelos próprios instrumentos de pesquisa.

"Se nós encontrarmos vida baseada em aminoácidos destros, teremos a
certeza que não ela é da Terra. No entanto, se o viés em direção aos
aminoácidos canhotos originou-se no espaço, é provável que ela se
estenda por todo o Sistema Solar, de forma que qualquer vida que
viermos a encontrar em Marte, por exemplo, também será canhota."

"Por outro lado, se existe um mecanismo para escolher a tendência à
esquerda antes que a vida emerja, isto é um problema a menos que a
química prebiótica tem de resolver antes de fazer a vida. Se ele foi
resolvido para a Terra, ele provavelmente foi resolvido para os outros
lugares em nosso Sistema Solar onde a receita para a vida poderia
existir, como abaixo a superfície de Marte, ou em prováveis oceanos sob
a crosta gelada de Europa e Encelado, ou em Titã. "Fonte : Inovação Tecnológica

Uma homenagem ao que vi uns minutos atrás

Iris – Goo Goo Dolls

And I’d give up forever to touch you
Cause I know that you feel me somehow
You’re the closest to heaven that I’ll ever be
And I don’t want to go home right now

And all I can taste is this moment
And all I can breathe is your life
Cause sooner or later it’s over
I just don’t want to miss you tonight
(Chorus)

And I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything’s made to be broken
I just want you to know who I am

And you can’t fight the tears that ain’t coming
Or the moment of truth in your lies
When everything seems like the movies
Yeah you bleed just to know your alive
(Chorus)

And I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything’s made to be broken
I just want you to know who I am
(Chorus)

I don’t want the world to see me
Cause I don’t think that they’d understand
When everything’s made to be broken
I just want you to know who I am

I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am
I just want you to know who I am

Cassini detecta novo satélite de Saturno

Astrônomos anunciaram, numa circular
distribuída pela União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em
inglês), que o pequeno ponto brilhante numa região de um dos anéis de
Saturno é provavelmente um satélite e a fonte de origem do anel.

Os
anéis de Saturno foram nomeados seguindo a ordem em que foram
descobertos. De dentro para fora estão os anéis D, C, B, A, F, G e E. O
anel G ─ uma fraca faixa de material perto do limite exterior do
extenso sistema de anéis do planeta ─ é formado por um arco do material
relativamente brilhante e estreito com 250 km de largura que se estende
por 150 mil km. Acredita-se que o arco, ou anel parcial, resulte da
dissolução da lua e é a fonte de gelo e poeira que alimenta o resto do
anel. A evolução dessa estrutura permanecia misteriosa. O pequeno
satélite descoberto se desloca dentro desse arco de anel.

Ao
analisar imagens adquiridas pela sonda Cassini ao longo de cerca de 600
dias terrestres cientistas encontraram o minúsculo satélite, oculto no
arco de anel, ou anel parcial, anteriormente descoberto pela missão no
tênue anel G.

O satélite é pequeno demais para ser resolvido
pelas câmaras da nave, de modo que seu tamanho não pode ser medido
diretamente. No entanto, cientistas estimaram que ele deve ter cerca de
0,5 km de diâmetro, ao comparar seu brilho com o de outra pequena lua
saturniana, Palene.

NASA/JPL/Space Science Institute

Fonte : SCIAM

Asteróide passa raspando a Terra

Asteróide passou como um bólido pela Terra na tarde de ontem; um evento cósmico que quase passa despercebido.

Um bloco rochoso de 30-40 metros de extensão
─ aproximadamente do mesmo tamanho do objeto que provocou o impacto de
Tunguska em 1908 ─ passou a uma distância de apenas 75 mil km – menos
de um sexto da distância Terra-Lua e cerca de duas vezes a altitude de
satélites geoestacionários de comunicação.

Descoberto somente
na sexta-feira, 27 de fevereiro, por Robert McNaught, como um grãozinho
de 19ª magnitude em fotografia do céu obtida no Siding Spring
Observatory, em New South Wales, Austrália. Quando foi descoberto, se
encontrava a uma distância de 2,4 milhões de quilômetros, e se
aproximava rapidamente.

A aproximação máxima do asteróide ─
batizado 2009 DD45 pelos astrônomos ─ ocorreu durante o dia, às 16hs
40min (horário de Brasília) e cruzou o céu a uma velocidade de meio
grau (o diâmetro aparente da Lua) por minuto.

Pode se observado
com telescópios amadores na Austrália e Nova Zelândia, como uma
“estrela” de 11ª magnitude cruzando a constelação de Virgem.

Fonte : SCIAM
OBS : Me lembrei do livro "O Martelo de Deus" de Arthur Clarke.

Emulador universal salva informação digital para futuras gerações

Emulador universal salva informação digital para futuras gerações

Quem gosta de jogos de computadores mais antigos costuma ter uma
coleção de emuladores quase tão grande quanto a própria coleção de
games. Isso acontece porque cada emulador é específico para uma
plataforma, tanto de origem quanto de destino – um emulador que lhe
permite hoje jogar Space Invaders no PC não o permitirá fazê-lo nas plataformas do futuro.

Emulador universal

Pensando nisto, um grupo de pesquisadores europeus começou um
projeto mais ambicioso: eles estão construindo um emulador universal,
um programa capaz de reconhecer e rodar todos os tipos de arquivos de
computador já gerados até hoje,

O emulador universal reconhecerá os dados antigos nos computadores
atuais e poderá ser facilmente atualizável para rodar nas novas
arquiteturas de informática que ainda serão desenvolvidas no futuro.

O projeto foi batizado de Keep, a palavra em inglês para manter. O termo é também um acrônimo para Keeping Emulation Environments Portable – mantendo os ambientes de emulação portáveis.

Herança digital

O objetivo do Keep é garantir o acesso das futuras gerações a todos
os arquivos digitais já produzidos e que serão produzidos doravante,
incluindo arquivos de texto, som, imagens, multimídia, sites, bases de
dados e videogames.

"As pessoas não pensam duas vezes ao salvar seus arquivos
digitalmente – das fotos capturadas com o celular até arquivos com
informações governamentais. Mas cada arquivo digital corre o risco de
ser perdido, seja pela degradação da mídia, seja porque a tecnologia
usada para lê-lo irá simplesmente deixar de existir," diz a professora
Janet Delve.

"As antigas gerações deixaram um rico acervo de livros, cartas e
documentos que nos dizem quem eles foram, como eles viveram e o que
eles descobriram. Há um risco real de que nós possamos deixar como
herança um espaço em branco na história," diz ela.

Escribas digitais

Um emulador universal pode ser a única opção para evitar essa perda
de informações. Copiar todas os dados gerados para nas novas
plataformas, à semelhança de escribas digitais modernos, é impraticável
– calcula-se que em 2010 a informação digitalizada será equivalente a
18 milhões de vezes o conteúdo de todos os livros já escritos desde o
início da civilização.

Além da dificuldade técnica, a simples cópia coloca riscos
adicionais, tanto de erros nas cópias quanto de danos às mídias
originais.

"A diferença com a emulação é que você está livre desses problemas.
Cada vez que o hardware, o software, os sistemas operacionais ou
qualquer outra coisa seja atualizada, a máquina Keep simplesmente
emulará esta nova plataforma. Será um mecanismo à prova de futuro," diz
Dan Pinchbeck, outro membro do grupo.

Os trabalhos do projeto Keep começaram em janeiro e deverão se estender até 2012.

Fonte : Inovação Tecnológica

Energia biomecânica vira eletricidade graças a nanogerador

Que tal recarregar o seu notebook ou o seu telefone celular
aproveitando a energia dos seus dedos ao acionarem o teclado? Ou
acompanhar a música que você ouve no seu MP3, usando a vibração das
suas cordas vocais para recarregar as baterias do seu som portátil?

Nanogeradores

Estas são algumas das possibilidades abertas pela pesquisa do
professor Zhong Li Wang, da Universidade da Geórgia, nos Estados
Unidos. Esta é a quinta geração dos nanogeradores construídos por esta
equipe de pesquisadores.

"Usando a nanotecnologia, nós demonstramos uma forma de converter
mesmo a mais irregular energia biomecânica em eletricidade. Esta
tecnologia pode converter qualquer distúrbio mecânico em energia
elétrica," diz o Dr. Wang.

A energia dos ramsters

Para mostrar uma forma verdadeiramente inusitada de produzir energia
alternativa, os pesquisadores usaram seus nanogeradores em ramsters de
laboratório, fazendo-o produzir eletricidade enquanto se exercitavam
nas rodas de suas gaiolas.

Talvez os ramsters não se tornem a solução para a crise energética,
mas a demonstração dá o tom da versatilidade dos novos nanogeradores.
"Até mesmo uma bandeira balançando ao vento pode ser utilizada para
gerar eletricidade," diz o pesquisador.

Aproveitar essas energias irregulares de baixa frequência é
significativo porque elas estão presentes em todos os lugares,
inclusive no corpo humano, que as gera ao falar, andar e fazer qualquer
outro tipo de movimento, como quando usamos o teclado do computador.

Efeito piezoelétrico

A eletricidade produzida pelos nanogeradores é gerada pelo efeito
piezoelétrico, um fenômeno pelo qual determinados materiais – como
nanofios de óxido de zinco – produzem cargas elétricas quando eles são
flexionados. Os nanofios utilizados pelos pesquisadores têm entre 100 e
800 nanômetros de diâmetro e de 100 a 500 micrômetros de comprimento.

Os fios de óxido de zinco recebem uma capa protetora de polímero
flexível. A seguir, eles são fixados a eletrodos metálicos de um lado e
a um diodo Shottky do outro, para controlar o fluxo de corrente. Este
conjunto forma um nanogerador, que pode ser utilizado individualmente
ou formando conjuntos para o aproveitamento de energias mecânicas mais
intensas.

O pulsar das minhas veias

Na experiência com os hamsters, quatro nanogeradores foram presos às
patas do animal, gerando 0,5 nanoampere. Como são minúsculos, os
pesquisadores afirmam que milhares deles poderão ser entretecidos em
luvas e em roupas, gerando energia suficiente para recarregar as
baterias de telefones celulares, tocadores de MP3 e outros aparelhos
portáteis.

Até mesmo o pulsar das veias poderá ser utilizado para gerar energia
e abastecer nanodispositivos e sensores médicos, destinados a monitorar
sinais vitais, como os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea,
enviando os resultados continuamente para um monitor remoto.

Fonte : Inovação Tecnológica

Telescópio espacial Kepler vai começar busca por outras Terras

Telescópio espacial Kepler vai começar busca por outras Terras


Estaremos mesmo sozinhos no Universo? Existirão outros planetas como o nosso?

O telescópio espacial Kepler, da NASA, está para começar uma jornada
sem precedentes que poderá responder essas questões históricas.

Planetas semelhantes à Terra

O telescópio Kepler deverá ser lançado ao espaço no Cabo Canaveral,
a bordo de um foguete Delta II, no próximo dia 5 de Março, às 12:48 h,
horário de Brasília. Esta será a primeira missão com a capacidade de
encontrar planetas semelhantes à Terra – planetas rochosos que orbitam
estrelas parecidas com o Sol em uma zona quente onde a água pode se
manter sobre a superfície em estado líquido.

Telescópio espacial Kepler vai começar busca por outras TerrasConcepção artística de uma planeta semelhante à Terra orbitando uma estrela distante. [Crédito: Dana Berry/NASA.]

"O Kepler é um componente crítico dos esforços da NASA para
encontrar e estudar planetas onde as condições semelhantes às da Terra
podem estar presentes," afirma Jon Morse, diretor da divisão de
Astrofísica da NASA.

Centenas de terras

A missão passará três anos e meio pesquisando mais de 100.000
estrelas parecidas com o Sol na região de Cisne-Libra da nossa Via
Láctea. Espera-se que ela encontre centenas de planetas do tamanho da
Terra e maiores, orbitando a várias distâncias de suas estrelas.

Se os planetas semelhantes à Terra orbitando em zonas habitáveis
(onde existem condições para existência de água líquida) forem comuns,
o telescópio Kepler poderá encontrar dúzias de mundos como o nosso. Por
outro lado, se esses planetas forem raros, o Kepler poderá mesmo não
encontrar nenhum.

Maior câmera já lançada ao espaço

Telescópio espacial Kepler vai começar busca por outras TerrasO
telescópio Kepler foi especialmente projetado para detectar a variação
periódica do brilho das estrelas causada pelo trânsito de seus
planetas. Alguns sistemas estelares são orientados de tal forma que
seus planetas cruzam na frente das suas estrelas, quando olhados do
ponto de vista da Terra.

À medida que esses planetas transitam, eles fazem com que a luz das
suas estrelas tremule levemente, ou pisque. O telescópio consegue
detectar essas alterações de brilho com uma precisão de apenas 20
partes por milhão.

"Se o Kepler for apontado para uma pequena cidade na Terra à noite,
ele é capaz de detectar a variação da luz na varanda de uma casa quando
alguém passar em frente," diz James Fanson, coordenador do projeto
Kepler.

Para alcançar tamanha precisão, o telescópio Kepler contará com a
maior câmera digital já lançada ao espaço, um conjunto de CCDs com 95
megapixels. São 42 CCDs para captura científica de imagens e quatro
CCDs especiais de guia, um em cada canto do conjunto.

Caminho para outras terras.

Vasculhando uma grande porção do céu durante sua vida útil, o
telescópio Kepler será capaz de acompanhar planetas transitando
periodicamente ao redor de suas estrelas em múltiplos ciclos. Isto irá
permitir que os astrônomos confirmem a presença dos planetas.

Planetas do tamanho da Terra em zonas habitáveis teoricamente
levarão cerca de um ano para completar uma órbita, de forma que o
Kepler irá monitorar essas estrelas por pelo menos três anos para
confirmar sua presença. Telescópios instalados no solo, além dos
telescópios espaciais Hubble e Spitzer, empreenderão estudos de
acompanhamento nos planetas maiores, que possam ser vistos com suas
resoluções.

"O telescópio Kepler é de fundamental importância no entendimento de
que tipos de planetas formam-se ao redor de outras estrelas," diz a
caçadora de exoplanetas Debra Fischer, da Universidade do Estado de São
Francisco. "As descobertas que emergirem serão usadas imediatamente
para estudar as atmosferas dos exoplanetas gigantes gasosos com o
Spitzer. E as estatísticas que serão compiladas nos ajudarão a traçar
uma rota em direção a um pálido ponto azul como a nossa Terra,
orbitando outra estrela de nossa galáxia."

Fonte : Inovação Tecnológica