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Memórias flash ganham autocicatrização e vida quase eterna
Calor e vida
Cartões de memória, pendrives e discos de estado sólido são muito práticos e rápidos, mas têm seus inconvenientes.
O principal deles é uma vida útil apenas razoável – cerca de 10.000 ciclos de leitura e escrita.
Mas isto está prestes a mudar.
Pesquisadores da empresa Macronix, de Taiwan, descobriram que basta submeter as memórias flash a um pulso de calor muito rápido para que sua vida útil dê um salto.
Rumo à eternidade
Aquecendo rapidamente as memórias a 800ºC, Hang-Ting Lue e seus colegas elevaram a durabilidade das memórias flash para 100 milhões de ciclos de leitura e escrita, quatro ordens de grandeza a mais.
E essa marca nem mesmo representa o limite final.
"Nós não sabemos o que poderá eventualmente fazer o dispositivo falhar, uma vez que nós ainda não detectamos qualquer sinal de fim da vida útil," disse Lue durante a apresentação da descoberta na reunião anual do IEEE (Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos, na sigla em inglês).
Os testes para elevar a marca para 1 bilhão de ciclos levarão alguns meses para serem concluídos, segundo o pesquisador.
Memórias de mudança de fase
O calor já foi usado antes para reviver memórias flash danificadas, mas deixá-las por horas no forno a 250ºC está longe de ser uma solução prática.
Os pesquisadores taiwaneses fizeram diferente: eles modificaram ligeiramente as células das memórias flash para que elas se pareçam um pouco mais com as memórias PCM, ou memórias de mudança de fase, uma tecnologia vista como uma substituta mais eficiente das memórias flash.
A própria Macronix já desenvolveu um protótipo de memória PCM 500 vezes mais rápida do que as memória flash.
Memórias com autocicatrização
A estrutura modificada gera pulsos de calor de até 800ºC, com duração de alguns milissegundos, diretamente nas células de memória.
Os pulsos de calor recompõem o sistema de isolamento que permite a manutenção dos dados gravados em cada bit.
É a perda desse isolamento que faz com que as memórias deixem de funcionar depois de algumas dezenas de milhares de ciclos de gravação e leitura.
Com esse mecanismo de autocicatrização, os engenheiros ainda não sabem precisar qual será o tempo de vida esperado das células de memória – só adiantam que será muito longo.
Fonte : Inovação Tecnológica
Voyager descobre "rodovia magnética" na fronteira do Sistema Solar
Os cientistas acreditam que, tão logo cruze a "rodovia magnética", a Voyager 1 estará no espaço interestelar, já fora do Sistema Solar.[Imagem: NASA/JPL-Caltech]
Rodovia magnética
A sonda espacial Voyager 1 está prestes a se tornar o primeiro objeto construído pelo homem a navegar pelo espaço interestelar.
O problema é que os astrônomos não sabem exatamente quando isso irá acontecer porque a região é totalmente inexplorada – é a própria Voyager que está traçando o primeiro mapa dos confins do Sistema Solar.
Agora, por exemplo, ela acaba de descobrir algo totalmente desconhecido: uma "rodovia magnética".
Trata-se de uma conexão entre as linhas do campo magnético do Sol e as linhas do campo magnético interestelar.
Essa conexão guia as partículas de baixa energia geradas em nossa heliosfera – a bolha de partículas carregadas que o Sol dispara em todas as direções – para fora do Sistema Solar.
E também permite que as partículas que veem do espaço interestelar entrem no Sistema Solar.
Os dados da Voyager mostram que o entrar e sair das partículas segue um curso bem ordenado que acompanha as linhas magnéticas – uma rodovia magnética.
Fronteira final
Esse tipo de interação entre os campos magnéticos locais e o magnetismo externo já foi observado em outras estrelas pelo Telescópio Espacial Hubble, o que faz os cientistas acreditarem que agora a Voyager está realmente próxima da "fronteira final".
"Nós acreditamos que esta seja a última perna da nossa jornada para o espaço interestelar. Nossas melhores previsões é que vamos atingi-lo em algum momento entre alguns meses até cerca de dois anos," disse Edward Stone, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
A Voyager 1 – e sua gêmea Voyager 2, que segue no sentido oposto – foram lançadas em 1977, quando ainda não existiam telefones celulares, nem internet, nem computadores pessoais – e, muito provavelmente, nem mesmo você.
Fonte : Inovação Tecnológica
Maior depósito de carbono da Terra está no núcleo
Maior depósito de carbono da Terra
Usando simulações computadorizadas, geólogos acreditam ter solucionado um mistério de longa data: o que pode explicar a densidade do núcleo da Terra?
As simulações mostram que o núcleo da Terra contém entre 0,1 e 0,8 por cento de carbono.
Isto é de longe a maior reserva de carbono do planeta.
"Nós conhecíamos a densidade do núcleo, e sabíamos que o ferro e o níquel sozinhos não conseguiam explicar essa densidade," explica o professor Qing Zhu Yin, da Universidade da Califórnia em Davis. "Você precisa de algo mais leve".
O carbono era um dos principais candidatos a cumprir esse papel. Mas também poderia ser o silício, oxigênio, fósforo, magnésio, hidrogênio ou nitrogênio.
Natureza da Terra
Como mesmo o buraco mais fundo da Terra mal arranhará a crosta, Yin e seu colega Yigang Zhang, da Academia Chinesa de Ciências, foram para os simuladores.
"Nós trabalhamos com cerca de 260 átomos para tentar simular a formação da Terra," explica Yin. "Nós atribuímos a cada um suas propriedades básicas e deixamos a mecânica quântica fazer seu trabalho no computador.
"Agora sabemos como explicar o déficit de densidade" do núcleo da Terra, garantem os geólogos.
Um conhecimento exato da influência do carbono ajudará a compreender melhor a idade da Terra e o momento exato da formação do núcleo no processo global de formação do planeta.
"Estamos falando sobre a compreensão da natureza da Terra," disse Yin. "Agora poderemos entender melhor os processos físicos e químicos envolvidos na formação da Terra."
Origem do petróleo
Algumas teorias sobre a formação abiótica, ou abiogênica, do petróleo afirmam que os depósitos de óleo poderiam estar sendo preenchidos de baixo para cima.
Para defender que o petróleo pode não ser fóssil, pesquisadores da Universidade da Califórnia também usaram simuladores para demonstrar que as longas cadeias de hidrocarbonos podem se formar no interior da Terra.
O trabalho dos pesquisadores chineses parece dar nova munição a essas teorias, uma vez que explica o suprimento de carbono que poderia permear pelo planeta rumo à superfície, até alojar-se em rochas porosas.
Outro reforço para essa corrente – largamente minoritária no meio científico, à exceção de alguns países do leste europeu – deu-se com a recente descoberta de petróleo no espaço.
Bibliografia:
Carbon and other light element contents in the Earth’s core based on first-principles molecular dynamics
Yigang Zhang, Qing-Zhu Yin
Proceedings of the National Academy of Sciences
Vol.: 109 no. 48, 19579-19583
DOI: 10.1073/pnas.1203826109
Petróleo e gás natural podem não ser fósseis
Teorias famosas
O Universo originou-se de uma descomunal explosão, conhecida como Big Bang. O petróleo e o gás natural são combustíveis fósseis. Estas são provavelmente as duas teorias científicas mais disseminadas, de maior conhecimento do público e algumas das que alcançaram maior sucesso em toda a história da ciência.
Elas são tão populares que é fácil esquecer que são exatamente isto – teorias científicas, e não descrições de fatos testemunhados pela história. Mesmo porque as duas oferecem explicações para eventos que se sucederam muito antes do surgimento do homem na Terra.
Teoria dos combustíveis fósseis
Segundo a teoria dos combustíveis fósseis, que é a mais aceita atualmente sobre a origem do petróleo e do gás natural, organismos vivos morreram, foram enterrados, comprimidos e aquecidos sob pesadas camadas de sedimentos na crosta terrestre, onde sofreram transformações químicas até originar o petróleo e o gás natural.
É com base nesta teoria que chamamos as principais fontes de energia do mundo moderno de "combustíveis fósseis" – porque seriam resultado de restos modificados de seres vivos.
Teoria do petróleo abiótico
Muito menos disseminado é o fato de que esta não é a única teoria para explicar o surgimento do petróleo. Na verdade, esta teoria hegemônica vem sendo cada vez mais questionada por um grande número de cientistas, que defendem que o petróleo tem uma origem abiótica, ou abiogênica – sem relação com formas de vida.
Os defensores da teoria abiótica do petróleo têm inúmeros argumentos. Por exemplo, a inexistência de fenômenos geológicos que possam explicar o soterramento de grandes massas vivas, como florestas, que deveriam ser cobertas antes que tivessem tempo de se decompor totalmente ao ar livre, juntamente com a inconsistência das hipóteses de uma deposição do carbono livre na atmosfera no período jovem da Terra, quando suas temperaturas seriam muito altas.
A deposição lenta, como registrada por todos os fósseis, não parece se aplicar, uma vez que as camadas geológicas apresentam variações muito claras, o que permite sua datação com bastante precisão. Já os depósitos petrolíferos praticamente não apresentam alterações químicas variáveis com a profundidade, tendo virtualmente a mesma assinatura biológica em toda a sua extensão.
Além disso, os organismos vivos têm mais de 90% de água e mesmo que a totalidade de sua massa sólida fosse convertida em petróleo não haveria como explicar a quantidade de petróleo que já foi extraída até hoje.
Outros fenômenos geológicos, para explicar uma eventual deposição quase "instantânea," deveriam ocorrer de forma disseminada – para explicar a grande distribuição das reservas petrolíferas ao longo do planeta – e em grande intensidade – suficiente para explicar os gigantescos volumes de petróleo já localizados e extraídos.
Carbono do interior da Terra
Por essas e por outras razões, vários pesquisadores afirmam que nem petróleo, nem gás natural e nem mesmo o carvão, são combustíveis fósseis. Para isso, afirmam eles, o ciclo do carbono na Terra deveria ser um ciclo fechado, restrito à crosta superficial do planeta, sem nenhuma troca com o interior da Terra. E não há razões para se acreditar em tal hipótese.
Na verdade, aí está, segundo a teoria dos combustíveis abióticos, a origem do petróleo, do gás natural e do carvão: eles se originam do carbono que é "bombeado" continuamente pelas altíssimas pressões do interior da Terra em direção à superfície.
É possível sintetizar hidrocarbonetos a partir de matéria orgânica, e estes experimentos foram, por muitos anos, o principal sustentáculo da teoria dos combustíveis fósseis.
Mas agora, pela primeira vez, um grupo de cientistas conseguiu demonstrar experimentalmente a síntese do etano e de outros hidrocarbonetos pesados em condições não-biológicas. O experimento reproduz as condições de pressão e temperatura existentes no manto superior, a camada da Terra abaixo da crosta.
Metano e etano abióticos
A pesquisa foi feita por cientistas do Laboratório de Geofísica da Instituição Carnegie, nos Estados Unidos, em conjunto com colegas da Suécia e da Rússia, onde a teoria do petróleo abiótico surgiu e tem muito mais aceitação acadêmica do que em outras partes do mundo.
O metano (CH4) é o principal constituinte do gás natural, enquanto o etano (C2H6) é usado como matéria-prima petroquímica. Esses dois hidrocarbonetos, juntamente com outros associados aos combustíveis de origem geológica, são chamados de hidrocarbonetos saturados porque eles têm ligações únicas e simples, saturadas com hidrogênio.
Utilizando uma célula de pressão, conhecida como bigorna de diamante, e uma fonte de calor a laser, os cientistas começaram o experimento submetendo o metano a pressões mais de 20 mil vezes maiores do que a pressão atmosférica ao nível do mar, e a temperaturas variando de 700° C a mais de 1.200° C. Estas condições de temperatura e pressão reproduzem as condições ambientais encontradas no manto superior da Terra, entre 65 e 150 quilômetros de profundidade.
No interior da célula de pressão, o metano reagiu e formou etano, propano, butano, hidrogênio molecular e grafite. Os cientistas então submeteram o etano às mesmas condições e o resultado foi a formação de metano. Ou seja, as reações são reversíveis.
Essas reações fornecem evidências de que os hidrocarbonetos pesados podem existir nas camadas mais profundas da Terra, muito abaixo dos limites onde seria razoável supor a existência de matéria orgânica soterrada.
Reações reversíveis
Outro resultado importante da pesquisa é que a reversibilidade das reações implica que a síntese de hidrocarbonetos saturados é termodinamicamente controlada e não exige a presença de matéria orgânica.
"Nós ficamos intrigados por experiências anteriores e previsões teóricas," afirma Alexander Goncharov, um dos autores da pesquisa. "Experimentos feitos há alguns anos submeteram o metano a altas pressões e temperaturas, demonstrando que hidrocarbonetos mais pesados se formam a partir do metano sob condições de temperatura e pressão muito similares. Entretanto, as moléculas não puderam ser identificadas e era provável que houvesse uma distribuição."
"Nós superamos esse problema com nossa técnica aprimorada de aquecimento a laser, que nos permitiu aquecer um volume maior de maneira mais uniforme. Com isso, descobrimos que o metano pode ser produzido a partir do etano", declarou Goncharov.
Hidrocarbonetos gerados no interior da Terra
"A ideia de que os hidrocarbonetos gerados no manto migram para a crosta terrestre e contribuem para a formação dos reservatórios de óleo e gás foi levantada na Rússia e na Ucrânia muito anos atrás. A síntese e a estabilidade dos compostos estudados aqui, assim como a presença dos hidrocarbonetos pesados ao longo de todas as condições no interior do manto da Terra agora precisarão ser exploradas," explica outro autor da pesquisa, professor Anton Kolesnikov.
"Além disso, a extensão na qual esse carbono ‘reduzido’ sobrevive à migração até a crosta, sem se oxidar em CO2, precisa ser descoberta. Essas e outras questões relacionadas demonstram a necessidade de um programa de novos estudos teóricos e experimentais para estudar o destino do carbono nas profundezas da Terra," conclui o pesquisador.
Bibliografia:
Methane-derived hydrocarbons produced under upper-mantle conditions
Anton Kolesnikov, Vladimir G. Kutcherov, Alexander F. Goncharov
Nature Geoscience
26 July 2009
Vol.: Published online
DOI: 10.1038/ngeo591
Fonte : Inovação Tecnológica
Anãs marrons podem ter planetas rochosos
Esta impressão artística mostra o disco de gás e poeira cósmica em torno de uma anã marron, onde se acreditava não ser possível a formação de discos desse tipo, a primeira etapa para a formação de planetas.
[Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/M. Kornmesser]
Formação dos planetas rochosos
Astrônomos descobriram pela primeira vez que a região exterior de um disco de poeira em torno de uma anã marrom, contém grãos sólidos com tamanhos da ordem de milímetros, comparáveis aos encontrados em discos mais densos situados em torno de estrelas recém-nascidas.
Esta descoberta surpreendente desafia as teorias de formação dos planetas rochosos do tipo terrestre e sugere que os planetas rochosos podem ser ainda mais comuns no Universo do que se esperava, uma vez que as anãs marrons não entravam nos cálculos de probabilidade usados pelos astrônomos.
Acredita-se que os planetas rochosos formam-se a partir de colisões aleatórias e fusão do que são, inicialmente, partículas microscópicas situadas no disco de material em torno de uma estrela. Estes grãos minúsculos, conhecidos como poeira cósmica, são muito semelhantes a fuligem ou areia muito finas.
No entanto, nas regiões exteriores em torno de uma anã marrom – um objeto do tipo estelar, mas pequeno demais para brilhar como uma estrela – os astrônomos esperavam que os grãos de poeira não pudessem crescer, já que os discos são bastante esparsos e as partículas deslocar-se-iam muito depressa para se poderem fundir após uma colisão.
Igualmente, as teorias afirmam que quaisquer grãos que consigam se formar devem mover-se muito depressa na direção da anã marrom central, desaparecendo assim das regiões mais exteriores do disco, onde poderiam ser detectados.
Poeira e monóxido de carbono
Mas, na prática, o radiotelescópio ALMA revelou algo bem diferente.
“Ficamos muito surpresos ao encontrar grãos de poeira do tamanho do milímetro neste disco pequeno e fino,” disse Luca Ricci, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que liderou a equipe de astrônomos, dos Estados Unidos, Europa e Chile.
“Grãos sólidos deste tamanho não deveriam ser capazes de se formar nas regiões exteriores frias de um disco em torno de uma anã marrom, mas aparentemente é o que está acontecendo. Não podemos ter certeza que um planeta rochoso se forme neste local, ou até que já se tenha formado, mas estamos vendo os primeiros passos deste fenômeno, e por isso mesmo teremos que alterar as nossas suposições sobre as condições necessárias ao crescimento de sólidos,” disse ele.
A elevada resolução do ALMA, comparada com os telescópios anteriores, permitiu também à equipe localizar monóxido de carbono gasoso em torno da anã marrom – é a primeira vez que gás molecular frio é detectado em um disco desse tipo.
Esta descoberta, juntamente com a dos grãos milimétricos, sugere que o disco é muito mais parecido com os discos que se encontram em torno de estrelas jovens do que anteriormente se supunha.
Alma do céu
Os astrônomos apontaram o ALMA à jovem anã marrom ISO-Oph 102, também conhecida como Rho-Oph 102, situada na região de formação estelar Rho Ophiuchi, na constelação do Serpentário.
Com cerca de 60 vezes a massa de Júpiter mas apenas 0,06 a do Sol, a anã marrom não tem massa suficiente para iniciar as reações termonucleares que fazem brilhar as estrelas.
No entanto, emite calor liberado pela sua lenta contração gravitacional e brilha com uma cor avermelhada, embora seja muito menos brilhante que uma estrela.
Ricci e seus colegas fizeram esta descoberta com o auxílio do telescópio ALMA, que está apenas parcialmente completo, situado no deserto chileno a elevada altitude.
O ALMA é uma coleção, em crescimento, de antenas de alta precisão, em forma de prato, que trabalham em conjunto para observar o Universo com imenso detalhe e sensibilidade.
O ALMA “vê” o Universo na radiação milimétrica, invisível ao olho humano. Prevê-se que a construção do ALMA esteja terminada em 2013, mas os astrônomos já estão usando uma rede parcial de antenas ALMA desde 2011.
Quando completo, o telescópio ALMA será suficientemente poderoso para obter imagens detalhadas dos discos em torno da Rho-Oph 102 e outros objetos.
“Poderemos brevemente detectar, não apenas a presença de pequenas partículas nos discos, mas também mapear como é que elas se distribuem no disco circumstelar e como é que interagem com o gás que também detectamos no disco, o que nos ajudará a compreender melhor como é que os planetas se formam,” disse Ricci.
Brasil fica em penúltimo lugar em ranking de qualidade da Educação
Reprovado
O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de provas e qualidade de professores, dentre outros fatores.
A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.
Em primeiro lugar no nível global de Educação está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.
Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados.
Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.
Os resultados foram compilados a partir de notas de exames efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010.
Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.
Índice da qualidade da educação
- Finlândia
- Coreia do Sul
- Hong Kong
- Japão
- Cingapura
- Grã-Bretanha
- Holanda
- Nova Zelândia
- Suíça
- Canadá
- Irlanda
- Dinamarca
- Austrália
- Polônia
- Alemanha
- Bélgica
- Estados Unidos
- Hungria
- Eslováquia
- Rússia
- Suécia
- República Tcheca
- Áustria
- Itália
- França
- Noruega
- Portugal
- Espanha
- Israel
- Bulgária
- Grécia
- Romênia
- Chile
- Turquia
- Argentina
- Colômbia
- Tailândia
- México
- Brasil
- Indonésia
Curva de aprendizado
Tidas como “super potências” da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.
Alemanha, Estados Unidos e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.
O ranking é baseado em exames efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.
Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de “Curva do Aprendizado”.
Cultura de aprendizado
Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira “cultura” nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.
Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.
Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.
Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um “valor moral” concedido à educação muito parecido.
O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.
Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.
Fonte : Inovação Tecnológica Com informações da BBC
Governo pode exigir uso de simulador na formação de motociclistas
Simuladores de motos
O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) estuda adotar o uso de simuladores de direção para concessão de habilitação para veículos de duas rodas.
A medida, que poderá ser adotada já no final do ano que vem, é uma reação do governo aos elevados índices de acidentes envolvendo motociclistas.
Cerca de 69% das indenizações do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais (DPVAT), pagas entre janeiro e setembro deste ano, foram destinadas a acidentes envolvendo motocicletas.
Conscientização
Além da adoção do treinamento em simuladores, o Denatran está estudando alterações dos cursos de formação dos condutores de motos.
Cristina Hoffmann, coordenadora-geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito, acredita que a falta de conscientização dos condutores é um dos fatores que contribuem para a elevação do índice de acidentes envolvendo motociclistas.
Segundo ela, as campanhas promovidas pelo governo são iniciativas importantes, mas alerta que é preciso o envolvimento de toda a sociedade para a solução do problema.
"É necessário que cada um pense sobre seu comportamento no trânsito. O condutor tanto de carro quanto de moto tem que entender que é responsável pelos seus atos," aconselhou.
Motociclistas profissionais
"O primeiro passo do governo para tentar reduzir os acidentes foi a regularização da profissão de mototáxi e motofrete", contou a coordenadora.
Com a medida que regulamenta a profissão, motociclistas têm que participar de curso de capacitação de 30 horas, que inclui gestão do risco sobre duas rodas, segurança e saúde, transporte de pessoas e transporte de cargas.
Fonte : Inovação Tecnológica / Agência Brasil
Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato
Branco contínuo
Cientistas norte-americanos criaram um novo tipo de lâmpada de estado sólido, similar aos LEDs, que apresenta luz contínua, sem o conhecido “tremeluzir” (flicker).
A tecnologia é baseada em um tipo de material orgânico conhecido como FIPEL – Field-Induced Polymer Electroluminescent, polímero eletroluminescente induzido por campo elétrico.
Além da maior eficiência energética, a nova lâmpada emite luz branca muito pura – ao contrário do amarelado das lâmpadas fluorescentes e do azulado dos LEDs.
Yonghua Chen e seus colegas da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, usaram uma matriz de polímeros estruturados em nanoescala para converter as cargas elétricas em luz.
Lâmpada de plástico
O dispositivo é formado por três camadas de plásticos emissores de luz misturados com pequenas quantidades de nanomateriais que brilham quando estimulados eletricamente.
A emissão de luz foi otimizada pela adição de nanotubos de carbono à mistura – a elevada condutividade elétrica dos nanotubos facilita a transferência das cargas e seu contato com o material emissor de luz.
A variação dos materiais dopantes permite que a nova lâmpada seja fabricada de forma a emitir luz de qualquer cor.
Dispositivos emissores de luz baseados nos materiais FIPEL já vêm sendo pesquisados há vários anos por vários grupos de pesquisa, mas esta é a primeira vez que eles são postos para brilhar em larga escala e com boa eficiência, com potencial para substituir as lâmpadas tradicionais.
Lâmpadas planas
Como o material emissor de luz é de estado sólido e essencialmente um plástico, a lâmpada pode ser fabricada em qualquer formato – de uma folha totalmente plana ao tradicional formato das lâmpadas incandescentes.
Segundo os pesquisadores, seu dispositivo tem uma eficiência duas vezes maior do que as lâmpadas fluorescentes compactas e equivalente aos LEDs tradicionais.
“Essas lâmpadas não quebram, não contaminam o ambiente com mercúrio como as lâmpadas fluorescentes compactas e nem emitem aquela luz azulada dos LEDs,” disse David Carroll, coordenador do grupo.
Segundo os pesquisadores, pelo menos um fabricante de lâmpadas já se interessou pela nova tecnologia, que poderá chegar ao mercado já no ano que vem.
Pesquisadores observam sua nova lâmpada plástica de estado sólido, que poderá chegar ao mercado no ano que vem.
[Imagem: Ken Bennett/Wake Forest University]
Fonte : Inovação Tecnológica
Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar
Galáxia-buraco negro
Galáxias possuem buracos negros em seus centros que até agora se acreditava terem dimensões proporcionais ao tamanho da galáxia.
As medições indicam que os buracos negros centrais têm em média 0,1% da massa de sua galáxia.
Mas nada menos do que 14% de toda a massa da galáxia NGC 1277 está em seu buraco negro – ele é 140 vezes maior do que o esperado.
Isso torna este o maior buraco negro já observado até agora, e torna a NGC 1277 a mais estranha galáxia já vista, quase uma "galáxia buraco negro".
Buracos negros supermassivos só haviam sido observados em galáxias muito grandes, do tipo elípticas. Mas a NGC 1277 é lenticular e bastante pequena. De onde veio tanta massa para formar esse super devorador de matéria é uma incógnita.
Esta fotografia da NGC 1277 foi tirada pelo Telescópio Espacial Hubble. Seu buraco negro concentra 14% de sua massa total e 59% da massa de seu bojo central. [Imagem: NASA/ESA/Andrew C. Fabian]
Universo maior que as teorias
Como esperado, a descoberta deverá mudar as teorias sobre a formação e a evolução tanto das galáxias quanto dos buracos negros.
"No momento existem três mecanismos completamente diferentes que tentam explicar a conexão entre a massa do buraco negro e as propriedades das galáxias. Nós não entendemos ainda o suficiente para saber qual dessas teorias é a melhor," disse Remco Van den Bosch, do Instituto Max Planck, na Alemanha.
As teorias indicam que os buracos negros supermaciços desenvolvem-se no centro das galáxias gigantes engolindo massa do bojo, a parte central da galáxia. Mas a NGC 1277 não tem massa suficiente para sustentar esse mecanismo.
Bosch e seus colegas fizeram o estudo usando o Telescópio Hobby-Eberly, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.
Com base no seu movimento, os astrônomos calculam que o buraco negro gigante possui uma massa 17 bilhões de vezes a massa do Sol, com uma margem de erro de 3 bilhões para mais ou para menos.
Ele é tão grande que, se fosse posto na posição do Sol, ocuparia quase todo o Sistema Solar. Seu horizonte de eventos seria 11 vezes maior do que a órbita de Netuno.
O horizonte de eventos do super buraco negro, mostrado nesta ilustração, teria um diâmetro 11 vezes maior do que a órbita de Netuno.[Imagem: D. Benningfield/K. Gebhardt/StarDate]
Bibliografia:
An over-massive black hole in the compact lenticular galaxy NGC 1277
Remco C. E. van den Bosch, Karl Gebhardt, Kayhan Gültekin, Glenn van de Ven, Arjen van der Wel, Jonelle L. Walsh
Nature
Vol.: 491, 729-731
DOI: 10.1038/nature11592
Fonte Inovação Tecnológica