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Anãs marrons podem ter planetas rochosos

Anãs marrons podem ter planetas rochosos
Esta impressão artística mostra o disco de gás e poeira cósmica em torno de uma anã marron, onde se acreditava não ser possível a formação de discos desse tipo, a primeira etapa para a formação de planetas.
[Imagem: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)/M. Kornmesser]

Formação dos planetas rochosos

Astrônomos descobriram pela primeira vez que a região exterior de um disco de poeira em torno de uma anã marrom, contém grãos sólidos com tamanhos da ordem de milímetros, comparáveis aos encontrados em discos mais densos situados em torno de estrelas recém-nascidas.

Esta descoberta surpreendente desafia as teorias de formação dos planetas rochosos do tipo terrestre e sugere que os planetas rochosos podem ser ainda mais comuns no Universo do que se esperava, uma vez que as anãs marrons não entravam nos cálculos de probabilidade usados pelos astrônomos.

Acredita-se que os planetas rochosos formam-se a partir de colisões aleatórias e fusão do que são, inicialmente, partículas microscópicas situadas no disco de material em torno de uma estrela. Estes grãos minúsculos, conhecidos como poeira cósmica, são muito semelhantes a fuligem ou areia muito finas.

No entanto, nas regiões exteriores em torno de uma anã marrom – um objeto do tipo estelar, mas pequeno demais para brilhar como uma estrela – os astrônomos esperavam que os grãos de poeira não pudessem crescer, já que os discos são bastante esparsos e as partículas deslocar-se-iam muito depressa para se poderem fundir após uma colisão.

Igualmente, as teorias afirmam que quaisquer grãos que consigam se formar devem mover-se muito depressa na direção da anã marrom central, desaparecendo assim das regiões mais exteriores do disco, onde poderiam ser detectados.

Poeira e monóxido de carbono

Mas, na prática, o radiotelescópio ALMA revelou algo bem diferente.

“Ficamos muito surpresos ao encontrar grãos de poeira do tamanho do milímetro neste disco pequeno e fino,” disse Luca Ricci, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, que liderou a equipe de astrônomos, dos Estados Unidos, Europa e Chile.

“Grãos sólidos deste tamanho não deveriam ser capazes de se formar nas regiões exteriores frias de um disco em torno de uma anã marrom, mas aparentemente é o que está acontecendo. Não podemos ter certeza que um planeta rochoso se forme neste local, ou até que já se tenha formado, mas estamos vendo os primeiros passos deste fenômeno, e por isso mesmo teremos que alterar as nossas suposições sobre as condições necessárias ao crescimento de sólidos,” disse ele.

A elevada resolução do ALMA, comparada com os telescópios anteriores, permitiu também à equipe localizar monóxido de carbono gasoso em torno da anã marrom – é a primeira vez que gás molecular frio é detectado em um disco desse tipo.

Esta descoberta, juntamente com a dos grãos milimétricos, sugere que o disco é muito mais parecido com os discos que se encontram em torno de estrelas jovens do que anteriormente se supunha.

Alma do céu

Os astrônomos apontaram o ALMA à jovem anã marrom ISO-Oph 102, também conhecida como Rho-Oph 102, situada na região de formação estelar Rho Ophiuchi, na constelação do Serpentário.

Com cerca de 60 vezes a massa de Júpiter mas apenas 0,06 a do Sol, a anã marrom não tem massa suficiente para iniciar as reações termonucleares que fazem brilhar as estrelas.

No entanto, emite calor liberado pela sua lenta contração gravitacional e brilha com uma cor avermelhada, embora seja muito menos brilhante que uma estrela.

Ricci e seus colegas fizeram esta descoberta com o auxílio do telescópio ALMA, que está apenas parcialmente completo, situado no deserto chileno a elevada altitude.

O ALMA é uma coleção, em crescimento, de antenas de alta precisão, em forma de prato, que trabalham em conjunto para observar o Universo com imenso detalhe e sensibilidade.

O ALMA “vê” o Universo na radiação milimétrica, invisível ao olho humano. Prevê-se que a construção do ALMA esteja terminada em 2013, mas os astrônomos já estão usando uma rede parcial de antenas ALMA desde 2011.

Quando completo, o telescópio ALMA será suficientemente poderoso para obter imagens detalhadas dos discos em torno da Rho-Oph 102 e outros objetos.

“Poderemos brevemente detectar, não apenas a presença de pequenas partículas nos discos, mas também mapear como é que elas se distribuem no disco circumstelar e como é que interagem com o gás que também detectamos no disco, o que nos ajudará a compreender melhor como é que os planetas se formam,” disse Ricci.

Brasil fica em penúltimo lugar em ranking de qualidade da Educação

Reprovado

O Brasil ficou em penúltimo lugar em um ranking global de educação que comparou 40 países levando em conta notas de provas e qualidade de professores, dentre outros fatores.

A pesquisa foi encomendada à consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), pela Pearson, empresa que fabrica sistemas de aprendizado e vende seus produtos a vários países.

Em primeiro lugar no nível global de Educação está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong.

Os 40 países foram divididos em cinco grandes grupos de acordo com os resultados.

Ao lado do Brasil, mais seis nações foram incluídas na lista dos piores sistemas de educação do mundo: Turquia, Argentina, Colômbia, Tailândia, México e Indonésia, país do sudeste asiático que figura na última posição.

Os resultados foram compilados a partir de notas de exames efetuados por estudantes desses países entre 2006 e 2010.

Além disso, critérios como a quantidade de alunos que ingressam na universidade também foram empregados.

Índice da qualidade da educação

  1. Finlândia
  2. Coreia do Sul
  3. Hong Kong
  4. Japão
  5. Cingapura
  6. Grã-Bretanha
  7. Holanda
  8. Nova Zelândia
  9. Suíça
  10. Canadá
  11. Irlanda
  12. Dinamarca
  13. Austrália
  14. Polônia
  15. Alemanha
  16. Bélgica
  17. Estados Unidos
  18. Hungria
  19. Eslováquia
  20. Rússia
  21. Suécia
  22. República Tcheca
  23. Áustria
  24. Itália
  25. França
  26. Noruega
  27. Portugal
  28. Espanha
  29. Israel
  30. Bulgária
  31. Grécia
  32. Romênia
  33. Chile
  34. Turquia
  35. Argentina
  36. Colômbia
  37. Tailândia
  38. México
  39. Brasil
  40. Indonésia

Curva de aprendizado

Tidas como “super potências” da educação, a Finlândia e a Coreia do Sul dominam o ranking, e na sequência figura uma lista de destaques asiáticos, como Hong Kong, Japão e Cingapura.

Alemanha, Estados Unidos e França estão em grupo intermediário, e Brasil, México e Indonésia integram os mais baixos.

O ranking é baseado em exames efetuados em áreas como matemática, ciências e habilidades linguísticas a cada três ou quatro anos, e por isso apresentam um cenário com um atraso estatístico frente à realidade atual.

Mas o objetivo é fornecer uma visão multidimensional do desempenho escolar nessas nações, e criar um banco de dados que a Pearson chama de “Curva do Aprendizado”.

Cultura de aprendizado

Ao analisar os sistemas educacionais bem-sucedidos, o estudo concluiu que investimentos são importantes, mas não tanto quanto manter uma verdadeira “cultura” nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo.

Daí o alto desempenho das nações asiáticas no ranking.

Nesses países o estudo tem um distinto grau de importância na sociedade e as expectativas que os pais têm dos filhos são muito altas.

Comparando a Finlândia e a Coreia do Sul, por exemplo, vê-se enormes diferenças entre os dois países, mas um “valor moral” concedido à educação muito parecido.

O relatório destaca ainda a importância de empregar professores de alta qualidade, a necessidade de encontrar maneiras de recrutá-los e o pagamento de bons salários.

Há ainda menções às consequências econômicas diretas dos sistemas educacionais de alto e baixo desempenho, sobretudo em uma economia globalizada baseada em habilidades profissionais.

Fonte : Inovação Tecnológica Com informações da BBC

Governo pode exigir uso de simulador na formação de motociclistas

Simuladores de motos

O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) estuda adotar o uso de simuladores de direção para concessão de habilitação para veículos de duas rodas.

A medida, que poderá ser adotada já no final do ano que vem, é uma reação do governo aos elevados índices de acidentes envolvendo motociclistas.

Cerca de 69% das indenizações do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais (DPVAT), pagas entre janeiro e setembro deste ano, foram destinadas a acidentes envolvendo motocicletas.

Conscientização

Além da adoção do treinamento em simuladores, o Denatran está estudando alterações dos cursos de formação dos condutores de motos.

Cristina Hoffmann, coordenadora-geral de Qualificação do Fator Humano no Trânsito, acredita que a falta de conscientização dos condutores é um dos fatores que contribuem para a elevação do índice de acidentes envolvendo motociclistas.

Segundo ela, as campanhas promovidas pelo governo são iniciativas importantes, mas alerta que é preciso o envolvimento de toda a sociedade para a solução do problema.

"É necessário que cada um pense sobre seu comportamento no trânsito. O condutor tanto de carro quanto de moto tem que entender que é responsável pelos seus atos," aconselhou.

Motociclistas profissionais

"O primeiro passo do governo para tentar reduzir os acidentes foi a regularização da profissão de mototáxi e motofrete", contou a coordenadora.

Com a medida que regulamenta a profissão, motociclistas têm que participar de curso de capacitação de 30 horas, que inclui gestão do risco sobre duas rodas, segurança e saúde, transporte de pessoas e transporte de cargas.

Fonte : Inovação Tecnológica / Agência Brasil

Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato

Branco contínuo

Cientistas norte-americanos criaram um novo tipo de lâmpada de estado sólido, similar aos LEDs, que apresenta luz contínua, sem o conhecido “tremeluzir” (flicker).

A tecnologia é baseada em um tipo de material orgânico conhecido como FIPEL – Field-Induced Polymer Electroluminescent, polímero eletroluminescente induzido por campo elétrico.

Além da maior eficiência energética, a nova lâmpada emite luz branca muito pura – ao contrário do amarelado das lâmpadas fluorescentes e do azulado dos LEDs.

Yonghua Chen e seus colegas da Universidade Wake Forest, nos Estados Unidos, usaram uma matriz de polímeros estruturados em nanoescala para converter as cargas elétricas em luz.

Lâmpada de plástico

O dispositivo é formado por três camadas de plásticos emissores de luz misturados com pequenas quantidades de nanomateriais que brilham quando estimulados eletricamente.

A emissão de luz foi otimizada pela adição de nanotubos de carbono à mistura – a elevada condutividade elétrica dos nanotubos facilita a transferência das cargas e seu contato com o material emissor de luz.

A variação dos materiais dopantes permite que a nova lâmpada seja fabricada de forma a emitir luz de qualquer cor.

Dispositivos emissores de luz baseados nos materiais FIPEL já vêm sendo pesquisados há vários anos por vários grupos de pesquisa, mas esta é a primeira vez que eles são postos para brilhar em larga escala e com boa eficiência, com potencial para substituir as lâmpadas tradicionais.

Lâmpadas planas

Como o material emissor de luz é de estado sólido e essencialmente um plástico, a lâmpada pode ser fabricada em qualquer formato – de uma folha totalmente plana ao tradicional formato das lâmpadas incandescentes.

Segundo os pesquisadores, seu dispositivo tem uma eficiência duas vezes maior do que as lâmpadas fluorescentes compactas e equivalente aos LEDs tradicionais.

“Essas lâmpadas não quebram, não contaminam o ambiente com mercúrio como as lâmpadas fluorescentes compactas e nem emitem aquela luz azulada dos LEDs,” disse David Carroll, coordenador do grupo.

Segundo os pesquisadores, pelo menos um fabricante de lâmpadas já se interessou pela nova tecnologia, que poderá chegar ao mercado já no ano que vem.

 

Lâmpada de plástico poderá ter qualquer formato

Pesquisadores observam sua nova lâmpada plástica de estado sólido, que poderá chegar ao mercado no ano que vem.

[Imagem: Ken Bennett/Wake Forest University]

Fonte : Inovação Tecnológica

Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar

Galáxia-buraco negro

Galáxias possuem buracos negros em seus centros que até agora se acreditava terem dimensões proporcionais ao tamanho da galáxia.

As medições indicam que os buracos negros centrais têm em média 0,1% da massa de sua galáxia.

Mas nada menos do que 14% de toda a massa da galáxia NGC 1277 está em seu buraco negro – ele é 140 vezes maior do que o esperado.

Isso torna este o maior buraco negro já observado até agora, e torna a NGC 1277 a mais estranha galáxia já vista, quase uma "galáxia buraco negro".

Buracos negros supermassivos só haviam sido observados em galáxias muito grandes, do tipo elípticas. Mas a NGC 1277 é lenticular e bastante pequena. De onde veio tanta massa para formar esse super devorador de matéria é uma incógnita.

Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar

Esta fotografia da NGC 1277 foi tirada pelo Telescópio Espacial Hubble. Seu buraco negro concentra 14% de sua massa total e 59% da massa de seu bojo central. [Imagem: NASA/ESA/Andrew C. Fabian]

Universo maior que as teorias

Como esperado, a descoberta deverá mudar as teorias sobre a formação e a evolução tanto das galáxias quanto dos buracos negros.

"No momento existem três mecanismos completamente diferentes que tentam explicar a conexão entre a massa do buraco negro e as propriedades das galáxias. Nós não entendemos ainda o suficiente para saber qual dessas teorias é a melhor," disse Remco Van den Bosch, do Instituto Max Planck, na Alemanha.

As teorias indicam que os buracos negros supermaciços desenvolvem-se no centro das galáxias gigantes engolindo massa do bojo, a parte central da galáxia. Mas a NGC 1277 não tem massa suficiente para sustentar esse mecanismo.

Bosch e seus colegas fizeram o estudo usando o Telescópio Hobby-Eberly, da Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

Com base no seu movimento, os astrônomos calculam que o buraco negro gigante possui uma massa 17 bilhões de vezes a massa do Sol, com uma margem de erro de 3 bilhões para mais ou para menos.

Ele é tão grande que, se fosse posto na posição do Sol, ocuparia quase todo o Sistema Solar. Seu horizonte de eventos seria 11 vezes maior do que a órbita de Netuno.

Maior buraco negro já encontrado engoliria Sistema Solar

O horizonte de eventos do super buraco negro, mostrado nesta ilustração, teria um diâmetro 11 vezes maior do que a órbita de Netuno.[Imagem: D. Benningfield/K. Gebhardt/StarDate]

Bibliografia:
An over-massive black hole in the compact lenticular galaxy NGC 1277
Remco C. E. van den Bosch, Karl Gebhardt, Kayhan Gültekin, Glenn van de Ven, Arjen van der Wel, Jonelle L. Walsh
Nature
Vol.: 491, 729-731
DOI: 10.1038/nature11592

Fonte Inovação Tecnológica

A2RAM: memória revolucionária promete ultraminiaturização

Revolução nas memórias?

Cientistas da Universidade de Granada, na Espanha, apresentaram o que eles alegam ser a maior inovação na área de memórias desde o advento dos computadores.

"Desde sua invenção nos anos 1960 por Robert Dennard, na IBM, as instruções e os dados necessários para o funcionamento de um computador são armazenados como zeros e uns em matrizes de células DRAM (Dynamic Random Access Memory)," comentou Francisco Gamiz.

Embora continuamente miniaturizadas, essas memórias veem funcionando praticamente com o mesmo conceito. Algo que o grupo de Gamiz e Noel Rodríguez espera mudar agora.

A-RAM e A2RAM

Os pesquisadores espanhóis projetaram sua memória A-RAM (Advanced Random Access Memory– memória de acesso aleatório avançada) em 2009.

Agora eles conseguiram fabricar os primeiros protótipos para demonstrar que o conceito funciona de fato – sobretudo que é possível fabricá-lo em escala industrial.

Segundo os pesquisadores, as células de memória A-RAM e sua variante A2RAM podem solucionar os problemas de miniaturização com que estão se deparando as memórias DRAM, que equipam praticamente todos os dispositivos digitais, como computadores, smartphones e tablets.

As novas memórias apresentam tempos de retenção de dados mais longos, consumo de energia muito baixo e uma grande separação entre os níveis lógicos, o que as torna especialmente imunes ao ruído, às interferências e à variabilidade dos processos tecnológicos de fabricação.

A2RAM: memória revolucionária promete ultraminiaturização

Esquema da memória de transístor único A-RAM (em cima) e A2RAM (embaixo). [Imagem: F. Gamiz]

Memória de transístor único

Cada bit de memória DRAM é formado por um transistor e um capacitor. O dado é armazenado na forma de uma carga elétrica, e o transístor é usado para acessá-lo.

Atualmente já existem células de memória DRAM com dimensões na faixa dos 20 nanômetros, mas está se mostrando inviável miniaturizá-las ainda mais.

Isto se deve sobretudo à carga mínima necessária para distinguir claramente entre os dois estados de um bit (0 ou 1), o que tem impedido reduzir o tamanho do capacitor.

Os pesquisadores espanhóis projetaram então uma nova célula de memória sem o capacitor, formada por um único transístor.

"Se não podemos reduzir ainda mais o tamanho dos capacitores, a solução é substituí-lo por células de memória 1T-DRAM – memórias DRAM de um só transístor – que armazenam a informação no próprio transístor," disse Gamiz.

O transístor serve simultaneamente para armazenar a informação e para detectar o estado da célula, isto é, acessar o dado.

Rumo ao mercado

Segundo os pesquisadores, as memórias A-RAM e A2RAM receberam 10 patentes em Japão, EUA, Coreia e União Europeia.

Empresas como Samsung e Hynix (Coreia) e Micron (EUA) já demonstraram interesse em investir na fabricação das novas memórias.

A2RAM: memória revolucionária promete ultraminiaturização

Noel Rodriguez (esquerda) e Francisco Gamiz (direita) apresentam o primeiro protótipo de sua memória de transístor único, a A2RAM.[Imagem: UGR]

 

Fonte : Inovação Tecnológica

Velocidade de dobra é mais factível do que se imaginava

Viagens interestelares

Um evento chamado "Espaçonave Interestelar em 100 Anos" parece ser o lugar ideal para quem quer discutir ideias mirabolantes para o futuro da exploração espacial.

Mas não exatamente o lugar onde procurar ideias para colocar em prática a curto prazo.

É por isso que está causando furor uma apresentação feita pelo cientista Harold White, do Centro Espacial Johnson, da NASA, durante o evento.

White propôs nada menos do que um experimento de laboratório, a ser realizado nos próximos meses, para demonstrar que as viagens espaciais acima da velocidade da luz são possibilidades com um nível de "concretude" muito além do imaginado até agora – ou, também se poderia dizer, são "menos impossíveis" do que se supunha.

As viagens espaciais interestelares não podem ser realizadas com as tecnologias conhecidas hoje porque as naves são lentas demais.

A Voyager 1, por exemplo, que é o artefato construído pelo homem a atingir a maior distância da Terra, está a 17 horas-luz de distância, mesmo viajando continuamente desde 1977.

Isso porque ela viaja a 0,006% da velocidade da luz. A Voyager levará 17.000 anos para percorrer 1 ano-luz – e a estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, está a 4,3 anos-luz.

Velocidade de dobra

As viagens em velocidade superluminal – acima da velocidade da luz – são comuns na ficção científica, onde são conhecidas como viagens em velocidade de dobra – ou warp – uma referência a dobras no tecido do espaço-tempo.

A Teoria da Relatividade estabelece que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Mas ela não impõe nenhum limite para a velocidade com que o tecido do espaço-tempo pode se contrair ou expandir.

É fácil entender essa "brecha na lei": imagine duas lâmpadas, uma ao lado da outra, piscando alternadamente. A velocidade máxima com que a luz de cada uma delas chegará aos seus olhos será sempre a velocidade da luz. Mas a velocidade com que elas alternam as piscadas não tem nenhum limite.

No caso da viagem em velocidade de dobra, o truque é colocar a espaçonave dentro de uma "bolha" e fazer com que o espaço-tempo à frente da bolha se contraia, expandindo-se logo atrás da bolha. A espaçonave vai literalmente surfar pelo espaço-tempo, sem nenhuma aceleração.

Na verdade, em termos da velocidade da luz, a espaçonave estará totalmente parada em relação ao seu referencial, que é o seu "tapete mágico" de tecido espaçotemporal.

Viagem espacial acima da velocidade da luz pode ser possível

O conceito inicial da viagem de dobra que está sendo explorado foi proposto pelo físico mexicano Miguel Alcubierre. [Imagem: Harold White]

Energia negativa

Em 1994, o físico mexicano Miguel Alcubierre propôs um esquema para fazer isso, envolvendo um tipo de "matéria exótica", com energia negativa, que ninguém sabe se existe.

Além disso, para dar a partida na bolha de dobra, a proposta de Alcubierre exigiria energia negativa equivalente à massa do Universo.

O esquema foi aprimorado por outros cientistas, que chegaram a uma quantidade de energia negativa equivalente à massa de Júpiter.

O que o Dr. Harold White fez agora foi redesenhar o projeto inicial de Alcubierre, que previa uma nave espacial em formato de charuto circundada por um anel feito da matéria exótica e desconhecida, que seria o responsável por contrair o espaço à frente e expandi-lo atrás da nave.

Ao usar um anel de material arredondado – imagine um anel feito de um cano – White refez os cálculos e descobriu que será necessário usar apenas algumas centenas de quilogramas de energia negativa.

E, embora ninguém tenha a menor ideia de em que situação essa energia negativa possa ser encontrada ou produzida, White afirma que a ideia pode ser demonstrada em laboratório, em microescala.

Dobras espaçotemporais

É o que White pretende fazer em um novo laboratório que está sendo criado pela NASA, por enquanto conhecido informalmente como Eagleworks.

Ele está usando um tipo especial de interferômetro a laser, chamado Interferômetro de Campo de Dobra White-Juday, para criar versões microscópicas das dobras espaçotemporais.

O equipamento tem precisão suficiente para fazer o espaço-tempo se contrair e expandir apenas uma parte em 10 milhões, mas será o suficiente para demonstrar a viabilidade do conceito.

Se o experimento der certo, outros cientistas poderão se sentir encorajados a encarar os muitos problemas que ainda restarão para tornar realidade as viagens interestelares.

Entre esses problemas estão o fato de que as teorias ainda não sabem como ordenar ao mecanismo de dobra espacial para onde ele deve ir – se para frente ou para trás, por exemplo – e, para onde quer que ele vá, como é que se faz para pará-lo.

Fonte : Site Inovação Tecnológica

Incomodado com a nova interface do Windows 8? Livre-se dela!

Utilitários gratuitos ajudam a restaurar o desktop como a principal interface do sistema, facilitando a migração.

O Windows 8 traz, entre vários outros recursos, uma interface completamente nova, antigamente conhecida como Metro mas que hoje é chamada de Modern UI (algo como “Interface Moderna”). Ela é otimizada para o uso com toques e gestos, mas muda profundamente a forma como interagimos com o computador.

Não estamos dizendo que mudanças são ruins: o problema é que o sistema força o usuário a adotar a nova interface. Sempre que o computador é ligado ela está lá, e todos os programas padrão (como o cliente de e-mail, galeria de fotos, media player e até o Internet Explorer) a usam.

É possível, sim, acessar o bom e velho desktop como no Windows 7, mas para isso é necessário passar antes pela nova interface. E como a Microsoft “matou” o menu Iniciar, sempre que você quiser abrir um programa terá de voltar à “Tela Inicial” para isso. Não vemos problema em colocar a Modern UI como padrão e promovê-la, mas o usuário deveria ao menos ter a opção de ignorá-la caso queira.

Mas se a Microsoft não te dá escolha, há quem dê. Se você quer aproveitar os benefícios do Windows 8 (boot rápido, menor consumo de memória, melhor suporte a múltiplos monitores, entre outros) mas prefere trabalhar no desktop, pode usar um utilitário gratuito chamadoSkip Metro Suite. Com ele é possível forçar o Windows 8 a iniciar automaticamente no desktop, e até desativar os atalhos nos cantos da tela que dão acesso a recursos da Modern UI como a Tela Inicial ou a barra de “Charms”.

Contornando a nova interface

Depois de instalar o Skip Metro Suite, basta marcar os recursos do Windows 8 que deseja desativar. Skip Start Screen faz com que o sistema inicie automaticamente no desktop, pulando a nova Tela Inicial. Você também pode marcar opções para desativar os atalhos nos cantos da tela: o do canto inferior esquerdo (chama a Tela Inicial), superior esquerdo (chama o alternador de tarefas), e superior ou inferior direito (que chama a barra “Charms”, com opções de busca, compartilhamento e configurações). Depois de marcar o que quer, clique em Save Settings e faça um teste: reinicie o PC e você verá que, depois do login, ele irá direto para o desktop.

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Basta marcar algumas opções para forçar o Windows 8 a usar o Desktop

Recuperando o Menu Iniciar

O trabalho ainda não terminou. A Microsoft eliminou o Menu Iniciar no desktop do Windows 8, então você não vai conseguir abrir programas. A solução é instalar um substituto, como o Pokki.

Este programa gratuito tem múltiplas funções. Em primeiro lugar é uma alternativa mais poderosa ao menu original, com uma grade onde você pode colocar até 16 de seus programas favoritos, acesso fácil às configurações do PC, central de notificações (como novas mensagens de e-mail ou menções no Twitter) integrada e um sistema de buscas rápido e eficiente, que encontra não só itens em seu computador como também conteúdo na internet. Digite “Windows 8” na barra de pesquisa, por exemplo, e um dos resultados será a página sobre o sistema na Wikipedia.

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O "Menu Iniciar" do Pokki

O Pokki também traz uma loja de apps, que adapta sites e serviços web populares para rodar no desktop. Você pode ter um GMail Lite (com uma interface mais limpa e agradável que a padrão) rodando lado-a-lado com o Word, e ler e escrever e-mails sem precisar ter um navegador rodando.

A loja traz alguns apps bem interessantes como o Tweeki, um simpático cliente para o Twitter, e o Instagrille, que permite ver, curtir e comentar fotos do Instagram. Também há versões “desktop” de jogos como Angry Birds, Cut The Rope e Plants vs. Zombies.

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Instagrille permite que você acompanhe seu feed do Instagram no PC

E se você gostou da idéia do Pokki, vai gostar também de saber que ele funciona de forma idêntica no Windows 7, substituindo o Menu Iniciar nativo.

Cuidado com os padrões

Com os dois programas acima você já tem quase tudo o que precisa para usar o Windows 8 livre da nova interface. Mas ocasionalmente pode acontecer de você abrir um arquivo e ser “catapultado” para ela, pois o programa associado por padrão a este tipo de arquivo é um app “moderno”. Isso acontece quando você dá dois cliques em uma imagem ou em um arquivo PDF, entre outros.

Vamos usar como exemplo uma imagem JPEG, que por padrão abre no Fotos, um aplicativo que usa a nova interface. Não queremos isso, então clique com o botão direito do mouse no arquivo e escolha Abrir com / Escolher programa padrão… no menu. Na lista de programas que surge escolha um que rode na interface desktop, como o “Visualizador de Imagens do Windows”.

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Windows 8, sem a nova interface. Familiar e mais eficiente

Pronto, agora sempre que você der dois cliques numa foto em JPEG, ela será aberta com o mesmo visualizador do Windows 7, no ambiente desktop. Faça isso para os outros tipos de arquivo conforme necessário.

Fonte : PCWorld